sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Política Inquérito pede prisão de envolvidos na 'farra das vassouras', mas MP quer mais investigações

Juazeiro do Norte. Novas diligências em relação ao caso das vassouras, como ficou conhecida a compra exacerbada de material de limpeza pela Câmara de Vereadores deste município, deverão ser realizadas a partir da próxima semana. O inquérito que trata sobre o caso foi devolvido no final da tarde ontem pelo promotor de Justiça Gustavo Catanhedo à 20ª Delegacia Regional de Polícia Civil, responsável pelas investigações.

No relatório encaminhado ao Ministério Público do Ceará (MPCE) a polícia chegou a pedir a prisão preventiva de pelo menos cinco pessoas. O presidente afastado da Câmara Municipal Antônio Alves de Almeida (PSC), o popular Antônio de Lunga, e o tesoureiro da Casa, vereador Ronaldo Gomes de Lira (PMDB), o Ronnas Motos – que também está impedido de exercer as funções parlamentares, também tiveram pedidos de prisão preventiva apresentados à Justiça. Todos os pedidos, no entanto, foram negados.

Conforme foi apurado, a polícia solicitou, ainda, o indiciamento dos vereadores pela prática de diversos crimes, dentre eles: formação de quadrilha, crime de defraudação, falsidade ideológica e fraude licitatória.

Além dos dois parlamentares, Cícero Jadson Pereira Maia, Marcos Raniere Parente, Silvano Alves de Sousa, Herbete de Morais Bezerra e José João Alves de Almeida, também foram apontados como participantes nos supostos crimes. José João Alves de Almeida, o Lunga, já exerceu mandado de vereador no município. Ele é irmão do presidente afastado, Antônio de Lunga.

Para o promotor Gustavo Catanhede, é necessário que novas diligências sejam realizadas antes que o MPCE formalize as denúncias à Justiça. Pelo menos, 15 novas diligências deverão ser realizadas pela polícia a pedido do promotor.

O Ministério Público também solicitou a quebra do sigilo telefônico de todos os envolvidos e, ainda, das empresas “Priscila Cardoso da Rocha – ME” e “S da S Souza – ME”. O sigilo telefônico da Câmara Municipal de Juazeiro do Norte também deve ser quebrado.

O promotor Gustavo Catanhede entende que a partir da quebra dos sigilos telefônicos, há condições de serem esclarecidas as denúncias de que provas teriam sido forjadas pelos investigados, como por exemplo, a realização de aluguel de espaços para o armazenamento de mercadorias e vassouras que teriam sido adquiridas após a realização das denúncias de irregularidades.

Agora, com o inquérito retornando à polícia, as expectativas são de que o caso só deverá apresentar parecer concluso no início do próximo ano. 

DN Online

Nenhum comentário: