A condição faz com que ela não tenha útero nem vagina, apesar de ter
ovários normais. A demora na identificação do problema é comum em casos
como o de Jacqui, já que a aparência externa do órgão genital é
completamente normal.
A diferença é que, no lugar onde deveria haver a abertura vaginal,
existe apenas uma pequena cavidade. Por esse motivo, as pacientes
descobrem a síndrome somente quando tentam fazer sexo ou quando procuram
um médico para investigarem o fato de ainda não terem menstruado.
'Como uma aberração'
Jacqui, hoje com 19 anos, conta que ela se sentiu "como uma aberração" quando recebeu o diagnóstico. "Eu nunca tinha me considerado diferente de outras mulheres e a notícia foi tão chocante que eu não podia acreditar no que estava ouvindo", diz.
Jacqui, hoje com 19 anos, conta que ela se sentiu "como uma aberração" quando recebeu o diagnóstico. "Eu nunca tinha me considerado diferente de outras mulheres e a notícia foi tão chocante que eu não podia acreditar no que estava ouvindo", diz.
"Tive certeza que a médica havia cometido um erro, mas quando ela
explicou que era por isso que eu não estava menstrando, tudo começou a
fazer sentido", diz a jovem.
Jacqui conta que a médica também explicou que ela nunca poderia ficar
grávida e poderia ter de passar por uma cirurgia antes de poder fazer
sexo. "Saí do consultório chorando - eu nunca saberia como seria dar à
luz, estar grávida, estar menstruada. Todas as coisas que eu me
imaginava fazendo de repente foram apagadas de meu futuro."
Ela chegou a pensar que não era mais uma "mulher de verdade". Como ela
nunca havia tentado fazer sexo, não descobriu o problema antes. Mas, se
tivesse tentado, descobriria ser impossível concretizar a relação. A
síndrome MRKH afeta uma a cada 5 mil mulheres no Reino Unido.
Lado positivo
Apesar do choque, Jacqui está tentando ver sua condição de maneira positiva. Ela acredita que a síndrome pode até ajudá-la a encontrar o homem certo, já que seu futuro parceiro terá de aceitá-la como ela é, o que para ela funcionará como um "teste de caráter".
Ela conta que descobriu a síndrome por acaso, quando foi a um clínico
geral porque estava com dores no pescoço. Durante a consulta, mencionou
que ainda não havia menstruado. Ele pediu alguns exames e encaminhou a
paciente para uma ginecologista, que imediatamente identificou o
problema.
Hoje, Jacqui é atendida no Queen Charlotte and Chelsea Hospital, em
Londres, que é especializado na condição. Lá, ela passa por um
tratamento que busca extender seu canal vaginal por meio de dilatadores.
caso a alternativa não funcione, ela terá de passar por uma cirurgia.
A jovem, agora, quer tornar sua condição conhecida para que outras
garotas que passarem pelo problema não sofram tanto quanto ela.
Recentemente, publicou um texto sobre o assunto em sua conta do Facebook
e conta ter recebido o apoio de amigos e conhecidos.
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