Ciro Gomes explicou que os equipamentos encontravam-se encaixotados
na época da realização da auditoria, em março de 2013, e por não estarem
com os tombamentos, não puderam ser inclusos no parecer técnico. “Por
questões de normas do Ministério da Saúde só podem ser reconhecidos
quando estão montados e tombados”.
Segundo o secretário, o caso criado pelo Procurador da Republica
Oscar Costa Filho foi artificial. “Esse foi um caso completamente
artificial criado pelo Procurador da República chamado Oscar Costa
Filho, que criou esse caso induzindo a um erro. Esses procedimentos do
Ministério da Saúde com a Secretaria de Saúde do Estado são rotina. E há
vários erros burocráticos, como em maio, quando o equipamento estava
78% alocado e 22% em caixotes. Mas no procedimento do Ministério da
Saúde os caixotes não valem. Um mês depois eles estavam todos montados”.
Para ele, a Secretaria errou quando pediu que o Ministério
desconsiderasse a auditoria e considerar como válida a demonstração de
que os equipamentos se encontravam em caixas. “Isso é uma estupidez
burocrática do Brasil que nós temos que resolver”. Sobre o Procurador da
Republica Oscar Costa Filho, Ciro afirmou que ele foi irresponsável e
politiqueiro. “Ele deverá ser processado por ordem do Governador Cid
Gomes”.
Ciro explicou que as caixas não puderam ser abertas no momento por
conta da garantia dos equipamentos. “Eles (os equipamentos) sempre
estiveram aqui, só não podíamos abrir as caixas por conta a garantia
desses equipamentos, que são caros e em sua maioria importados”.
Após a visita, que contou com os técnicos da auditoria, Ciro afirmou que será pedida uma nova vistoria.
A auditora Maria Helena Gurgel e o secretário de Gestão Estratégica e
Participativa do Ministério da Saúde, Odorico Monteiro, estiveram no
local. De acordo com Odorico, será feita uma auditoria complementar que
deve finalizar em aproximadamente um mês.
Auditoria havia apontado o sumiço de 17 equipamentos
A auditória realizada pelo Ministério da Saúde apontou o sumiço de
equipamentos médicos do Hospital Regional Norte que custam
aproximadamente R$ 819 mil. Ao todo, 17 equipamentos não foram encontrados,
além de diversos equipamentos encaixotados sem uso. Para os não
localizados, que foram pagos por recursos federais, a auditoria pede que
seja devolvido o valor à União.
Dentre os equipamentos desaparecidos estão 13 ventiladores
pulmonares, dois aparelhos de raio x móveis, um de anestesia e um foco
cirúrgico. O relatório afirmou ainda que, a maioria dos equipamentos
identificados se encontram sem uso, dentre eles um arco cirúrgico e uma
aparelho de angiografia digital, 32 incubadoras para recém-nascidos, 28
camas hospitalares pediátricas 13 aparelhos de anestesia dos 15
adquiridos, 14 focos cirúrgicos dos 27 adquiridos, um ultrassom Doppler
dos quatro adquiridos, diversos suportes para soro e diversos
nagatoscópios que se encontram no Centro de Apoio à Saúde Reprodutiva da
Mulher, que ainda não se encontra em funcionamento.
A Auditoria foi solicitada em maio deste ano pelo Ministério Público
Federal após a queda da marquise do hospital e o show de inauguração com
a cantora Ivete Sangalo, que custou aos cofres públicos R$650 mil.
DN Online
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