O líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado José Sarto,
afirmou nesta sexta-feira (27) que o grupo político ligado ao
governador do Ceará, Cid Gomes, deixou o PSB porque a direção nacional
da sigla está se "distanciando" do projeto liderado pela presidente
Dilma Rousseff e se aproximando de um projeto antagônico defendido por
setores do PSDB.
Para
Sarto, a possível candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo
Campos, à Presidência da República em 2014 ainda não foi explicada, pois
falta ao pernambucano apresentar argumentos para justificar o não apoio
à reeleieção de Dilma. Segundo ele, essa é a principal razão que levou o
grupo político ligado ao governador cearense a anunciar na última
quinta-feira (26) a saída do PSB. "Quem está se distanciando de sua
origem não é o governador do Ceará, é o PSB Nacional". O destino
politico do grupo será anunciado em reunião realizada na noite desta
terça-feira (1º).
Ele avaliou que a saída de centenas de filiados torna o PSB um
partido de pouca expressão no Ceará. A sigla, de acordo com ele,
"apequenou-se" ao perder nove deputados estaduais, quatro federais,
além do governador cearense, do prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio e
de dezenas de prefeitos e vereadores de municípios no Inteiror.
O deputado lembrou que, em 2010, ao término do segundo mandato do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, encerrando um ciclo da gestão
petista no País, o ex-ministro Ciro Gomes era o nome mais cotado para
disputar a Presidência da República pelo PSB, sucedendo Lula. Contudo,
Eduardo Campos, que agora defende candidatura própria, foi contra o nome
de Ciro, e bancou o apoio à Dilma, então pouco conhecida pela população
brasileira.
"À época, Ciro podia apresentar candidatura com substância e
densidade eleitoral, já que, segundo pesquisas, detinha de 17% a 23% de
intenções de voto, mas, em virtude do projeto de Governo, a
candidatura foi abortada. Enquanto Eduardo Campos, segundo pesquisas
apresentadas, detém hoje apenas 4 % das intenções de voto, mas escolheu
hostilizar o projeto petista”, comparou.
Para Sarto, a postura de Campos é contraditória e revela que se trata
de uma empreitada pessoal do político pernambucano, faltando a ele
defender divergências programáticas que sustentem sua postura.
Sarto criticou ainda o convite feito pelo PSB Nacional à ex-prefeita
Luizianne Lins e ao deputado Heitor Férrer (PDT) para se juntar a
sigla. “São políticos que fazem oposição ao Governo Estadual e que não
vão sair de onde estão. O convite foi feito apenas para conturbar a
ambiência partidária”, ressaltou.
Ao tratar do apoio recebido por Campos de um grupo minoritário do PSB
no Ceará, o líder do Governo na AL remontou à eleição para presidente
da Câmara dos Deputados do biênio 2001-2002, quando o ex-deputado
federal cearense Sérgio Novais (PSB) votou no senador tucano Aécio
Neves, à época deputado federal, contra a candidatura de uma frente de
esquerda formada por PDT, PT e PCdoB, representada pelo hoje ministro e
então deputado federal Aloízio Mercadante (PT).
Com informações da Agência de Notícias da Assembleia Legislativa
E-mail: agencia@al.ce.gov.br
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