O recém-criado PROS
(Partido Republicano da Ordem Social) confirmou, nesta quarta-feira
(25), que já fez o convite oficial para o governador do Ceará, Cid
Gomes, integrar o partido para participar das eleições de 2014.
Com a perspectiva de que Cid Gomes deixe o PSB (Partido Socialista
Brasileiro), o PROS se disse “de portas abertas” para receber o
político. Segundo o presidente da legenda, Eurípedes Júnior, o convite
também foi feito para Ciro Gomes, irmão do governador cearense e
ex-ministro do governo Lula.
—Vai haver uma reunião com todos os prefeitos, deputados e vereadores
do Ceará para bater o martelo final. Já está definida a vinda dos
parlamentares, nós estamos aguardando somente a decisão do Ciro e do
Cid. Há a possibilidade dos dois estarem junto com o PROS.
Além dos irmão Gomes, o presidente do novo partido espera a filiação de
vários vereadores cearenses, além de sete deputados estaduais, 20
prefeitos e três deputados federais.
De acordo com o PROS, entre os deputados confirmados está o Democrata
major Fábio (PB) que vai sair do DEM para concorrer ao cargo de
governador da Paraíba, em 2014, pelo PROS.
O tucano Ataídes Oliveira (TO), que assumiu uma cadeira no Senado
durante seis meses este ano como suplente de João Ribeiro (PR-TO),
também vai deixar o PSDB para disputar o governo de Tocantins no pleito
do ano que vem, pelo PROS.
A expectativa do presidente do novo partido é receber pelo menos 30 deputados.
— Nós estamos aguardando em torno de 30 deputados federais. Já tivemos
um café da manhã com 20 parlamentares e, agora deve somar mais uns dez.
[...] A ideia agora é montar um grupo forte dentro da Câmara Federal
onde nós possamos defender a redução dos impostos no Brasil.
Racha no PSB
As especulações de que Cid Gomes poderia romper com o PSB começaram assim que o partido entregou os cargos que tinha no governo federal, sinalizando uma candidatura independente em 2014.
Os irmãos Gomes sempre se posicionaram contra uma possível candidatura
do presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, para
presidente da República, defendendo a manutenção do partido na base
aliada do governo Dilma.
Questionado sobre o impacto que a saída de Cid e Ciro Gomes causaria ao
PSB, Eduardo Campos desconversou. O presidente do partido afirmou
apenas que espera um “desenlace amigável”.
— Nossa disposição é fazer o diálogo mais fraterno possível, tudo que
vamos fazer, vamos fazer em um ambiente de diálogo, de conversa, de
entendimento e de respeito mútuo, sem estresse.
Campos disse ainda que o momento é de “olhar as entradas” e não as
eventuais saídas do PSB. Segundo ele, o partido está unido e vive um
momento de sintonia com a sociedade. O presidente acredita que a
decisão, de entregar os cargos no governo federal para iniciar uma
articulação de candidatura independente, aproxima o PSB das ruas “e
daquilo que as pessoas desejam ver na política”.
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