Desta vez, o Ministério Público do Ceará ingressou, na última semana, com uma ação civil pública por improbidade administrativa,
contra seis ex-gestores da Secretaria das Cidades do Estado, entre eles
Jurandir Santiago (ex-presidente do Banco do Nordeste).
As
investigações do órgão também acusaram de envolvimento direto ou
indireto, a construtora Jeday Ltda., a Associação Comunitária José
Veríssimo Duarte, um ex-vereador do município do Cedro, um agricultor e
dois mestres de obras.
Em Cedro, 47 unidades sanitárias deveriam ter sido construídas
através de um convênio público firmado entre a Secretaria das Cidades e
a Associação Comunitária José, em junho de 2010. Na ação, o MP pede que
a Justiça os obrigue a ressarcir integralmente o dano causado aos
cofres públicos, no valor de R$ 94 mil, a perda da função pública; a
suspensão dos direitos políticos por um período de 5 a 8 anos.
Os acusados, para o MP, também devem o pagar de multa civil de até
duas vezes o valor do dano, multa civil de até 100 (cem) vezes o valor
da remuneração recebida pelo agente ou funcionário público; ser
proibidos de contratar com o poder público ou receber incentivos fiscais
ou creditícios por um prazo de 5 anos. Além disso, o MP pede que sejam
decretadas a extinção da Construtora Jeday Ltda. e a indisponibilidade
dos bens de todos os requeridos até o limite do montante de R$ 94 mil.
Empresa fantasma desviava recursos, segundo investigações do MP
De acordo com as investigações feitas pelo Ministério Público
Estadual, para a construção dos kits, a Associação contratou através de
um vereador da cidade, a Construtora Jeday Ltda., uma empresa fantasma
com sede no Cedro, para desviar recursos públicos, emitindo notas
fiscais fraudulentas de “laranjas pseudosocios”. Já a Associação
Comunitária, conforme o MP, viabilizou o desvio de recursos do Fundo de
Combate à Pobreza (Fecop) destinados à construção de unidades sanitárias
para famílias de baixa renda.
Os kits nunca foram construídos nos prazos acertados e os
recursos foram desviados. Segundo relata o órgão, após a divulgação das
fraudes, representantes da entidade se apressaram em adquirir material
de construção e em construir alguns banheiros, mesmo após terem
apresentado prestação de contas fraudulenta, com notas ficais e
documentos falsos, atestando ter gasto todo o dinheiro com a construção
de kits sanitários.
O MP acusa os envolvidos de tentarem encobrir as fraudes,
tentando enganar a fiscalização do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e
do Ministério Público. Ao todo, 92 processos foram abertos no Tribunal
de Contas do Estado (TCE) para apurar irregularidades no episódio que
aconteceu em municípios do Interior e veio a público em 2011.
A Redação entrou em contato com Jurandir Santiago, durante toda a tarde, mas os telefonemas não foram atendidos. Já a Construtora Jeday e a Associação Comunitária José Veríssimo Duarte não foram localizadas pela equipe de reportagem.
A Redação entrou em contato com Jurandir Santiago, durante toda a tarde, mas os telefonemas não foram atendidos. Já a Construtora Jeday e a Associação Comunitária José Veríssimo Duarte não foram localizadas pela equipe de reportagem.
DN Online
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