terça-feira, 17 de setembro de 2013

Congresso deve votar veto ao fim de multa do FGTS hoje


Plenário da Câmara, em sessão conjunta do Congresso na última quinta (2) na abertura dos trabalhos legislativos de 2012 (Foto: Rodolfo Stuckert/Ag. Câmara) 
Plenário da Câmara, em sessão conjunta do Congresso 
(Foto: Rodolfo Stuckert/Ag. Câmara)
 
Em um esforço para manter em vigor a multa adicional para empregadores de 10% sobre o saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) em demissões sem justa causa, o governo federal fechou um acordo com líderes da base governista que vai assegurar compensações para os trabalhadores. O tema está na pauta desta terça (17) do Congresso, quando deputados e senadores se reúnem para votar 95 vetos da presidente Dilma Rousseff.

Em troca da manutenção do veto que deu sobrevida à multa, o Planalto se comprometeu a enviar ao Congresso, ainda nesta terça, um projeto de lei que prevê a devolução do dinheiro da multa ao trabalhador demitido sem justa causa no momento em que ele se aposentar. O dinheiro, no entanto, só ficará disponível se o trabalhador não adquirir imóvel pelo Minha Casa, Minha Vida.

Atualmente, a multa rende ao governo R$ 3,2 bilhões por ano, destinados ao programa habitacional.

A contrapartida do governo para manter o veto foi elaborada a partir de uma sugestão do líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ). Em reunião com Dilma no dia 9, o peemedebista sugeriu que o governo mantivesse indeterminadamente a cobrança da multa, desde que o dinheiro fosse repassado aos trabalhadores no momento da aposentadoria.

A proposta de Cunha, contudo, não previa a restrição aos empregados que tivessem recebido subsídio do programa habitacional do governo federal. A medida foi elaborada pelo Planalto.

Nesta segunda (16), líderes da base aliada se reuniram na Casa Civil para ajustar o texto do projeto, que terá apenas três artigos. A proposta determina ainda que só poderão solicitar o dinheiro da multa cobrada dos empregadores quem foi demitido a partir da data em que a lei entrar em vigor.

Autor da proposta que deu origem ao acordo, Cunha disse que irá orientar os 81 deputados de sua bancada a votarem contra a derrubada do veto.

"Eu vou trabalhar para manter [o veto]. Eu fiz a proposta, a tese é minha", ressaltou o líder do PMDB.

G1

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