O King Air do empresário Edvane Matias. De Iguatu,
ele viaja pelo Nordeste para fechar negócios
Quem chega ao aeroporto
de Iguatu, cidade da região Centro-Sul, a 350 quilômetros de Fortaleza,
pode até ficar impressionado. O município tem cerca de 10 aeronaves
hangaradas no local. São monomotores e bimotores de empresários que,
pela falta de voos comerciais ligando Iguatu a grandes centros do
Nordeste, como Fortaleza, precisaram investir em um avião próprio. Foi o
jeito encontrado para não deixar de fechar negócios.
Segundo
o empresário Edvane Matias, um dos diretores do Grupo Tubform, com sede
e Iguatu, a aquisição de uma aeronave é questão de prioridade para os
empresários de Iguatu. Ele tem dois aviões bimotores, com capacidade
para cinco e sete passageiros. Juntas, elas estão avaliadas em cerca de
US$ 5 milhões segundo ele.
“É uma necessidade não só minha,
mas de todo empresário de Iguatu. É uma questão de custo-benefício, para
a agilidade que precisamos nos nossos negócios. Nós temos uma cidade
que melhorou muito em questão de infraestrutura, mas nós não temos voos
comerciais”.
De acordo com o empresário, as aeronaves ajudam
no deslocamento entre Iguatu e as capitais do Nordeste. Geralmente, as
viagens são realizadas para cidades que estão num raio de 800
quilômetros de distância. Ele diz que, por mês, voa cerca de 25 horas no
avião particular. “Eu sempre alugava uma aeronave, saia bem mais
barato. No entanto, você não pode tê-la disponível toda hora”.
Apesar
das vantagens, há custos, como o de manutenção que, conforme explica,
está entre os itens que mais pesa. Segundo ele, como a região não conta
com uma oficina homologada, é necessário enviar as aeronaves para
revisão em Alagoas. “A melhor oficina está em Maceió. Tudo que você faz
na aviação é em dólar. Até se tiver de trocar o óleo é em dólar”.
Marcelo Andrade
O POVO
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