No último dia 26, reunidos em assembleia, professores decidiram não retornar às aulas até o pagamento dos salários em atraso. Foto: Honório Barbosa |
Os professores da rede municipal de ensino da cidade de
Cariús, na região Centro-Sul do Ceará, não retornaram às aulas na semana
passada, por causa do atraso salarial. O clima entre os
docentes é de revolta. A categoria não recebeu um terço de férias e a
diferença do piso salarial. Os contratados estão com salário atrasado
desde maio passado e os concursados não receberam o mês junho e de
julho.
Mediante a crise, o prefeito de Cariús, Gilvan Oliveira adotou medidas drásticas: exonerou
todos os professores contratados e aqueles que ocupavam cargos em
comissão e ainda prorrogou o início do semestre letivo para o próximo
mês de setembro. Descontente com a situação, o secretário de Educação, Francisco José Palácio, pediu afastamento do cargo.
Em Cariús, são 240 professores e quatro mil alunos prejudicados.
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Cariús ingressou,
ontem, com uma Ação Civil Pública na Justiça. De acordo com o advogado Lourenço Sales,
a ação pede o pagamento do salário em atraso no prazo de 48 horas e em
caso de impossibilidade que se faça o bloqueio de 60% da receita do
município, não pagamento de fornecedores antes da atualização dos
salários em atraso, e aplicação de R$ 10 mil reais de multa diária em
caso de descumprimento de decisão judicial.
O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Cariús, Widerlando Barbosa Gomes, considerou a situação grave.
Desde maio passado, que o sindicato tenta manter diálogo com o
prefeito, mas somente depois da paralisação, na semana passada, houve
reunião com o gestor e uma audiência pública na Câmara de Vereadores.
DN Centro Sul
Honório Barbosa
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