quinta-feira, 25 de julho de 2013

Reunião entre diretores do Dnocs e irrigantes em Icó decide hoje se reivindicações serão atendidas


Canal principal está abandonado e sem água há mais de 13 anos no perímetro em Icó. Foto: Honório Barbosa

Está marcada para hoje, dia 25, na sede da Unidade do Médio Jaguaribe do Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs), na cidade de Icó, na região Centro-Sul, uma reunião entre a direção do órgão e a representação de irrigantes do Perímetro Irrigado Icó – Lima Campos. O encontro tem por objetivo discutir uma pauta com cinco reivindicações apresentadas pelos produtores rurais.

Se não houver o encontro, os irrigantes já decidiram que voltam a ocupar a sede local do Dnocs por tempo indeterminado, impedindo o funcionamento burocrático da instituição. “Essa é uma decisão do movimento”, afirmou Ireudo Félix, diretor do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Icó. “A nossa expectativa é que o encontro seja realizado e que os nossos pleitos sejam atendidos”.

Na terça-feira da semana passada, cerca de 300 agricultores do Perímetro Irrigado Icó-Lima Campos ocuparam a sede local do Dnocs. Os manifestantes fecharam portões de ferro e impediram o funcionamento da instituição. A ocupação estendeu-se até a quinta-feira, passada. Houve protesto também na Ponte Piquet Carneiro, sobre o Rio Salgado, na CE 282, que ficou interditada por uma hora.

Os irrigantes querem chamar a atenção dos diretores do Dnocs para que atendam as suas reivindicações: a licitação imediata para construção do canal de adução  que vai transpor água do Açude Lima Campos para 70% do perímetro que está desativado há 13 anos; liberação de recursos para obra de recuperação de infraestrutura do perímetro; apresentação de um projeto de autosustentação das unidades produtoras; e regularização fundiária dos lotes.

O Perímetro Icó – Lima Campos que deveria ser irrigado vive uma situação de abandono. Cerca de dois terços da unidade estão abandonados por falta de água nos canais. O sistema de bombeamento está danificado há 13 anos. Sem condições de trabalho, muitos agricultores desistiram da lavoura e enfrentam uma situação de pobreza, sem produção e renda. Os filhos partem para outros estados em busca de trabalho e de melhores condições de vida.

DN Centro Sul
Honório Barbosa

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