O Ministério Público Federal no Ceará (MPF-CE) e o Ministério Público
Estadual (MP-CE) entraram com ação conjunta de improbidade
administrativa contra o deputado federal e ex-prefeito de Quixadá,
Ilário Marques (PT), por irregularidades na aplicação de cerca de R$ 330
mil destinados à criação de tilápias no Município. Além do petista,
estão envolvidos na ação o seu sucessor, Rômulo Nepomuceno (PT) e
ex-secretários municipais. Investigação dos MPs aponta que o projeto não
foi executado, mesmo com a liberação total dos recursos.
Segundo o MPF, a quantia começou a ser repassada em 2005, durante a
gestão de Ilário Marques, através de convênio entre a Prefeitura de
Quixadá e a Secretaria Especial de Pesca e Agricultura (Seap). O projeto
buscava a implantação de dez unidades demonstrativas de criação de
tilápias em açudes do Município. O convênio previa ainda capacitação de
cem produtores rurais na criação do pescado e acompanhamento das
unidades.
Conforme apuraram MPF e MP-CE, a Seap repassou R$ 217,4 mil à
Prefeitura, que apresentou contrapartida de R$ 112 mil. Apesar de todos
os fornecedores terem sido pagos, o Ministério Público afirma que sete
anos após o convênio o projeto ainda não foi executado.
Parte dos recursos envolvidos foi repassado aos fornecedores durante a
gestão de Ilário e o restante na administração de seu sucessor. Todos
os réus podem ter seus direitos políticos suspensos e seus bens tornados
indisponíveis pela Justiça Federal, caso seja julgado procedente pedido
do procurador da República em Limoeiro do Norte, Luiz Carlos Oliveira
Júnior, e pelo promotor de Justiça André Clark Nunes Cavalcante. O POVO
tentou entrar em contato com Ilário Marques, que atualmente exerce
mandato de deputado federal, mas não obteve resposta.
O POVO com Site do MPF-CE
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