quinta-feira, 16 de maio de 2013

Metade dos açudes no Ceará podem atingir menos de 10% do nível até o final de 2013

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Açudes podem chegar a nível crítico até o final de 2013 no 
Ceará e preocupam sertanejos e poder público
Foto: Aprece/divulgação

Leonardo HefferDo NE10/Ceará A luz do sinal de alerta continua acesa para a situação dos níveis dos açudes no Ceará. Isso porque, de acordo com a Companhia de Gestão de Recursos Hídricos do Estado (Cogerh), 50,4% dos açudes monitorados pela companhia podem chegar a um nível de volume de água abaixo dos 10% da capacidade até o final de 2013, caso a situação climática no estado persista.

Nem mesmo as poucas chuvas, que caíram no meses de março (78,7mm) e abril (136,9mm) deste ano, serviram para aliviar a situação daqueles que dependem dos açudes. Isso porque a seca, que atinge todo o nordeste e parte de estados da região sudeste, só tem se agravado com a redução das precipitações nesses estados.

No Ceará, por exemplo, de acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), os meses de fevereiro, março e abril, considerados como o trimestre da quadra chuvosa (meses que apresentam o maior índice de chuvas no estado) tiveram um desvio negativo de 46,4% nas precipitações. Ou seja, choveu menos do que a média para o período: enquanto a média climatológica (cálculo dos últimos 30 anos) apresenta 516 mm nesses três meses, em 2013, a chuva no estado, dentro desse período, foi de 277,2mm.

Somado a redução das precipitações, ainda há a má distribuição das chuvas no estado. Isso representa mais chuvas em algumas localidades do que em outras. O resultado é que alguns poucos açudes tiveram aumento no nível do volume de água, porém não o suficiente para diminuir a preocupação do cearenses e do poder público.

De acordo com levantamento da Cogerh, hoje, dos 139 açudes monitorados pela empresa, somente dois estão com nível acima de 90%. Já 70 açudes encontram-se com volume abaixo dos 30%. Se somado o volume atual de água de todos os açudes monitorados, o Ceará tem apenas 44,5% do total de volume de água.

Entre os açudes que apresentam pior situação (abaixo de 1% do total do volume de água) estão 19: Penedo, em Maranguape, com 0,05%; Madeiro, em Pereiro, com 0,07%; Cupim, em Independência, com 0,09%; Colina, em Quiterianópolis, com 0,12%; Do Coronel, em Antonia do Norte, com 0,14%; Desterro, em Caridade, com 0,17%; Santo Antônio, em Iracema, com 0,25%; Jatobá, em Milhã, com 0,31%; Santa Maria, em Ererê, com 0,35%; Salão, em Canindé, com 0,36%; Itapajé, em itapajé, com 0,45%; Potiretama, em Potiretama, com 0,45%; Quincoé, em Acopiara, com 0,5%; Mamoeiro, em Antonina do Norte, com 0,53%; Pau Preto, em Potengi, com 0,6%; São Domingos II, em Caririaçu, com 0,63%; Patos, em Sobral, com 0,76%; Brocó, em Tauá, com 0,84%; Tijuquinha, em Baturité, com 0,97%.
 

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