O major da Polícia Militar que fazia parte do comando do 2º Batalhão de
Brejo Santo, Giovani Sobreira Gomes, foi afastado nesta terça-feira (7)
acusado de vários crimes, incluindo abuso de autoridade, atos de
denunciação caluniosa, tortura e corrupção.
O
afastamento foi determinado por um decisão judicial que autorizou a
retirada do PM do cargo. Após investigação feita pelo Ministério Público
do Estado do Ceará (MP-CE), o órgão também havia solicitado a prisão
preventiva do major, o que não foi acatado pela Justiça.
O PM seria líder de uma quadrilha composta por policias militares,
acusada de praticar crimes de ameaças, constrangimentos ilegais, falsos
testemunhos, abusos de autoridade, violações de domicílios, violência
arbitrária, denunciação caluniosa, tortura e corrupção.
Por meio da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e
do Ministério Público Federal, o MP-CE chegou a ouvir as vítimas dos
crimes de tortura. Em pelo menos um dos casos, as lesões sofridas em
decorrência da tortura foram fotografadas e filmadas, além de
confirmadas por perícia médico-legal.
Decisão judicial impõe proibições
Decisão judicial impõe proibições
Além do afastamento, a Justiça determinou que o major está proibido de
se fazer presente à sede da Companhia do 2º BPM em Brejo Santo e também
deve se recolher em casa diariamente a partir das 18h.
O major também não poderá se aproximar e nem manter contato pessoal com
as vítimas e seus familiares, devendo deles manter distância mínima de
100 metros. O acusado ainda está proibido de manter contato com os
outros PMs citados na investigação.
Na residência do PM, foram apreendidos documentos relevantes para as
investigações, munições e uma arma cujas procedências ainda serão
averiguadas. Alguns sacos plásticos com um pó de cor branca também foram
encontrados na casa de Giovani Sobreira. O material será encaminhado
para a perícia verificar se constitui substância entorpecente.
Na 3ª Companhia do 2º Batalhão de Polícia Militar, em Brejo Santo, foram
encontrados uma cédula falsa de R$ 10,00, uma porção de substância
semelhante a maconha, arma calibre 22 e vários cheques que somam o valor
aproximado superior a R$ 24 mil.
Durante a vistoria, três policiais militares ainda foram presos por
estarem com armas sem o devido registro (duas armas calibre 38 e uma
arma calibre ponto 40).
Diário do Nordeste
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