O Ceará não racionava água há 20 anos e neste mês de março resolveu
adotar a medida para evitar o colapso total em áreas urbanas de cidades
mais afetadas pela seca. O racionamento começou pelas cidades de Pacoti e
Quiterianópolis e pode ser estendido para outras regiões do Estado caso
os açudes não recebam água com urgência.
Hoje quase dois milhões dos mais de oito milhões de cearenses estão
sofrendo os efeitos da seca que se prolongou do ano passado para 2013.
Boletim da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Ceará (Cogerh)
aponta que no início de março apenas 45% da capacidade dos reservatórios
acumulavam água. Com a evaporização e a falta de chuva a situação tende
a ficar mais crítica em bacias que hoje estão com menos de 20% da
capacidade de armazenamento, como as bacias do Curu (19%) e do Crateús
(15%). A seca afeta mais fortemente 174 dos 184 municípios cearenses.
Para não faltar água de vez a Companhia de Água e Esgoto do Ceará
precisou fazer uso do racionamento. Com isso os moradores de Pacoti e
Quiterianópolis recebem água dia sim e dia não. Grandes cidades como
Sobral e Crateús estão ameaçadas de entrar no racionamento ainda neste
mês.
Também na lista para racionamento encontra-se os municípios de
Beberibe, Acopiara, Caridade, Irauçuba, Itapagé, Itatira, Milhã, Pacoti,
Paracuru, Quiterianópolis, Salitre, Tauá e Baturité. Em estado de
alerta estão as cidades de Alcântara, Antonina do Norte, Catunda,
Coreaú, Crateús, Fortim, Ibaretama, Moraújo, Pacujá, Palmácia, Parambu,
Pecém, Pereiro e Potiretama. O racionamento em Fortaleza está
descartado.
Estadão
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