A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) tem um esquema organizado
para acabar com a oposição entre as 27 federações estaduais que cuidam
do futebol pelo país. Apelidado de mensalinho pelo jornal O Estado de S. Paulo, o movimento consiste no pagamento de uma mesada que poucas vezes é discriminada nos balanços de cada um.
Segundo o diário, a prática começou com o valor de R$ 8 mil ainda sob a
gestão do ex-presidente Ricardo Teixeira. Hoje, o montante está em R$
50 mil e aparece discriminado apenas nos balanços de Sergipe, Maranhão,
Paraná, Piauí, Espírito Santo, Ceará e Amazonas.
Justamente entre eles, o repasse representa em média 23% do total de
receitas. Em algumas, no entanto, a ajuda é maior. Os paranaenses, por
exemplo, foram os que mais ganharam. Eles receberam R$ 1,2 milhão, sendo
que o caixa total da entidade na temporada foi de R$ 4,6 milhões.
No início da distribuição de verbas, a CBF obrigava que a entidade que
recebia a ajuda preenchesse um caderno de encargos para justificar o uso
do dinheiro. Depois de um tempo, no entanto, a prestação de contas não
passou mais a ser obrigatória.
Um exemplo de como a ajuda financeira tranquiliza os bastidores da CBF
foi na escolha do substituto de Ricardo Teixeira. Os chamados de
rebeldes, das federações de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Paraná,
Pará, Rio Grande do Sul e Distrito Federal, queriam uma nova eleição
desde que os boatos de que Teixeira sairia foram espalhados.
Antes de abandonar, no entanto, Teixeira garantiu uma distribuição de R$ 100 mil para cada um e chamou a prática de "participação nos lucros". Foi isso que garantiu a tranquilidade na hora de Marin assumir apenas como o vice-presidente mais velho, sem a necessidade de pleito.
Antes de abandonar, no entanto, Teixeira garantiu uma distribuição de R$ 100 mil para cada um e chamou a prática de "participação nos lucros". Foi isso que garantiu a tranquilidade na hora de Marin assumir apenas como o vice-presidente mais velho, sem a necessidade de pleito.
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