As eleições de 2012 tiveram custo de R$ 395,27 milhões aos cofres
públicos, de acordo com informações divulgadas nesta terça-feira (6)
pela presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen
Lúcia. Cada voto dos mais de 138,5 milhões de eleitores aptos custou R$
2,81, informou o tribunal – 27% menos do que nas eleições de 2010 – que
foi de R$ 3,86.
É o menor valor desde 1996, quando começou a ser implantado o voto
eletrônico, diz a presidente do TSE. O valor foi divulgado a partir de
2000, quando o custo por eleitor foi de R$ 4,45. Na última eleição
municipal, em 2008, o custo do voto por eleitor foi R$ 3,75.
Conforme o tribunal, o principal motivo para uma eleição mais barata
foi a redução de 42% em relação a 2008 nos custos com o emprego das
forças armadas. O valor empregado em 2012 foi de R$ 24,212 milhões.
No primeiro turno, 401 cidades tiveram reforço das tropas para a
segurança e no segundo, dois municípios. Em relação a apoio logístico
das Forças Armadas, para transporte de urnas, 76 cidades tiveram reforço
no primeiro turno e duas cidades no segundo.
“Os tribunais regionais eleitorais (TREs) foram muito atentos e firmes
no sentido de gastar o que era preciso gastar. Nós enxugamos onde pode
haver a instituições de comitês com representantes da polícia estadual,
civil e federal, e, com isso, os gastos com força federal diminuíram
quase pela metade”, disse Cármen Lúcia.
Ainda segundo a presidente do TSE, gastos com alugueis de carros para
transporte de urnas e biometria também influenciaram para um menor
custo. “Os TREs planejaram de forma diferente e esse gasto foi menor.
[...] A eleição é uma operação complicada, grandiosa e vamos avaliar
para ver porque chegamos a esse dado [de redução de custo]. É dinheiro
público gasto com o essencial, que é a democracia. Quanto mais se
informatiza, a tendência é baixar [os custos]”, disse Cármen Lúcia.
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