quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Cearenses na Bolívia denunciam maus tratos por parte da polícia e da população

Cerca de 20 estudantes cearenses que cursam medicina na cidade de Cochabamba, na Bolívia, estão afirmam estarem sofrendo xenofobia do governo Boliviano. Através de vídeos postados na internet e comunicados solicitando ajuda nas redes sociais, os brasileiros fazem apelos para que a presidente Dilma Rousseff interceda junto ao governo boliviano e melhore as condições dos estudantes que lá vivem.

Segundo o acadêmico cearense Eduardo Aquino, estudantes brasileiros, que residem na cidade, estão sendo perseguidos por autoridades policiais. "No último dia 9, mais de 60 alunos foram levados presos em cima de um caminhão sem motivo algum. Os policiais estão invadindo as casas onde moram brasileiros sem ordem judicial. Um verdadeiro terrorismo, derrespeitando todo acordo e leis de imigração e Mercosul", disse Aquino.

A situação dos estudantes ficou ainda mais complicada, quando a cerca de um mês um cambista boliviano foi assaltado e dois brasileiros foram apontados como suspeitos. Uma outra acadêmica cearense, que não quis se identificar, disse a reportagem que policiais estão a todo momento extorquindo os estudantes. "Eles começaram a entrar nos apartamentos, perguntando onde tinha brasileiro e  começaram a saquear tudo de valor da gente", relata.

A Bolívia tem recebido nos último anos dezenas de estudantes brasileiros que vão em buscar de cursar medicina. Sem a obrigatoriedade da prova de admissão para o curso, a quantidade aumenta a cada ano. Segundo o Consulado brasileiro na Bolívia moram no país cerca de 70 mil brasileiros. Segundo os cearenses, estudam medicina na cidade 12 mil pessoas.

No último dia 13 de novembro, os estudantes fizeram um manifesto em frente ao Consulado Brasileiro e gravaram um vídeo de apelo as autoridades para que a situação dos estudantes seja alterada. "Nosso pedido é que sejamos respeitados e que todos os acordos sejam respeitados. Queremos viver de acordo com a lei", desabafa Eduardo.

Um outra reclamação dos cearenses é no aspecto econômico. 

Segundo os brasileiros, os comerciantes bolivianos aumentam o preço das mercadorias ao identificarem que o cliente é um brasileiro.

DN Online

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