Ele esta à frente da Orascom Telecom, o braço de telefonia do maior
conglomerado egípcio, que reúne investimentos da sua família também nas
áreas de construção civil e de hotelaria.
Empresário e político de visão nacionalista, ele nunca escondeu o seu
interesse em ampliar os negócios para o Brasil. Pode ser que a entrada
na TI seja o primeiro passo para alcançar a TIM.
A Orascom foi a primeira empresa a montar uma operadora de telefonia
móvel no Egito, em 1998, e hoje administra 11 delas em todo o mundo,
incluindo a Coreia do Norte, um dos países mais fechados do mundo.
A habilidade e o tino empresarial são as grandes armas de Naguib
Sawiris que, aos 58 anos, é dono de uma fortuna avaliada em US$ 3,1
bilhões pela Forbes.
Sawiris fez recentemente duas abordagens para investir na Telecom
Italiana. A primeira foi rejeitada pelos acionistas e a segunda, no
valor de E 4,5 bilhões, está em análise.
Com os números abismais que a empresa apresentou no terceiro
trimestre (a dívida líquida em relação ao Ebitda da companhia será 2,8
vezes maior em três anos) e sem um plano realista de recuperação, a
companhia deve rever agora as suas opções e pode abraçar a proposta de
Sawiris.
A compra deve ser abençoada também pelo governo, já que abrandaria o
ritmo de demissões no setor de TI italiano e pode deve ajudar a
impulsionar a economia do país.
Tudo seria perfeito se não fosse a complexa composição acionária da
empresa, que é controlada pela Telco (22%), mas não tem tem um bloco
unificado de votação. Para alguns analistas do mercado, não há nenhuma
razão para acreditar que os acionistas vão votar outra coisa, senão seu
próprio interesse econômico.
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