Apesar de serem aliados no âmbito estadual e nacional, o contexto na
Capital mostrou um cenário bastante diferente. Enquanto nomes conhecidos
da oposição apontavam para a disputa, a exemplo de Heitor Férrer (PDT),
Marcos Cals (PSDB), Renato Roseno (PSOL), Moroni Torgan (DEM) e outros,
o PT e o PSB não conseguiam chegar a um nome comum para disputar as
eleições para o próximo prefeito de Fortaleza.
Desde o início, a prefeita Luizianne mantinha posições firmes em
relação à indicação da cabeça da chapa que teria o apoio dos demais
aliados, entre eles o PSB e o PMDB. Entre os possíveis pré-candidatos do
PT, destacavam-se o senador José Pimentel, o deputado federal Artur
Bruno; o secretário de educação do Município Elmano de Freitas; o
secretário de Cidades do Estado Camilo Santana; além dos o vereadores
Acrísio Sena e Guilherme Sampaio.
Já o governador Cid Gomes desejava que ambos os partidos decidissem
um nome comum, não deixando a escolha do candidato apenas para os
petistas. Cid chegou inclusive a exonerar três deputados do PT que
ocupavam secretarias do Governo do Estado em decorrência da escolha do
candidato a prefeito de Fortaleza. Foram esses Camilo Santana, Nelson
Martins e Francisco Pinheiro. Os três agradavam os pessebista para a
disputa.
Rompimento
Com a ajuda do presidente Nacional do PT, Rui Falcão, as conversas
internas foram chegando a uma decisão e, no início de junho, o
secretário de educação foi escolhido por todos os delegados petistas
para concorrer à disputa. O próximo passo seria convencer os aliados de
continuarem na chapa, apesar de eles não terem participado da decisão do
candidato.
Os nomes do presidente da Assembleia Legislativa, Roberto Cláudio, do
até então ex-secretário Especial da Copa, Ferruccio Feitosa, e do
vereador Salmito Filho foram as indicações do partido. No dia 21 de
junho, Roberto Claudio foi escolhido para representar o partido nas
eleições municipais. Estava assim, rompida a aliança entre o PT e o PSB.
Diário do Nordeste
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