Dez pessoas foram presas suspeitas de formação de quadrilha e
corrupção eleitoral na manhã desta quarta-feira (19), no Trairi. Os
mandados de prisão preventiva foram cumpridos durante operação da
Justiça Eleitoral.
Segundo informações do promotor de justiça do município, Igor
Pereira, o prefeito de Trairi, Josimar Moura Aguiar foi afastado pela
Justiça. Já a primeira-dama Silvia Virgínia Aguiar e o filho, que é
secretário de administração, Gustavo Viana Aguiar, foram presos.
“Na casa da primeira-dama, foram encontradas várias caixas de
remédio. Havia receituário médico em cima de cada remédio. Uma possível
indicação de que estava havendo entrega de medicamentos a eleitores”,
explicou o promotor.
Foram expedidos novos mandados de prisão para o secretário de Saúde,
José Evandro da Cunha e a secretária de Educação, Maria das Graças
Barbosa. Eles já estavam presos, e agora foi expedido mais um mandado de
prisão contra os dois.
Foram presos o vereador Francisco Magno Magalhães, que é candidato a
prefeito apoiado pela gestão municipal, o presidente da câmara Antônio
Barros Barbosa, a vereadora Francisca Oneide benevides e a candidata a
vereadora Rebeca de Castro Andrade. Juntamente com o vice-prefeito do
município, Francisco Flávio de Azevedo, duas mulheres que trabalham como
cabo eleitoral, Maria Gorete Souto Pinto e Elis Regina Vital, além de
um comerciante local identificado como Antônio Eduardo.
A operação
A operação foi realizada pelos promotores de justiça Andre Clark
Cavalcante, Igor Pereira Pinheiro, Eloison Landim e Epaminondas
Vasconcelos e coordenada pela Superintendência da Polícia Federal em
parceria com a Procuradoria Regional Eleitoral.
Ainda de acordo com informações do promotor Igor Pereira, a Polícia
investiga susposta formação de quadrilha e corrupção eleitoral
consistente no uso da máquina pública para beneficiar os candidatos
apoiados pela atual gestão. Ao todo, são 23 mandados de busca e
apreensão e 13 de prisão.
Desvio de verbas
Ainda neste mês de setembro, oito pessoas foram presas suspeitas de
desvio de verbas de R$ 20 milhões no Trairi. A Justiça decretou a prisão
de 16 gestores públicos, advogados e empresário por fraudes em
licitações públicas.
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