A advocacia pública federal – que reúne as carreiras
de advogado da União, procurador federal, da Fazenda e do Banco Central –
pode ser a próxima categoria do funcionalismo público a entrar em
greve.
As associações e sindicatos que representam esses
servidores farão consultas e assembleias até o início da próxima semana
para decidir contra ou a favor da paralisação. Caso os profissionais
optem por cruzar os braços, o movimento deve ser deflagrado a partir de
quarta-feira, 22.
De acordo com Luís Carlos Palacios, diretor-geral da
União dos Advogados Públicos Federais do Brasil – que representa 1,8 mil
dos cerca de 8 mil profissionais na ativa no setor – as carreiras da
advocacia pública federal dialogam com o governo há dois anos sem
conseguir uma proposta concreta de aumento salarial.
Os servidores reivindicam equiparação salarial com a
magistratura e com membros do Ministério Público Federal. “Na
Constituição Federal nossa função está no mesmo patamar da deles, mas
temos 40% menos de salário inicial”, afirma Palacios. Segundo ele, 22
unidades da Federação pagam aos advogados estaduais salários melhores do
que os oferecidos pela União.
Marcos Luiz da Silva, presidente da Associação
Nacional dos Advogados da União, diz que o governo está “empurrando” os
profissionais da advocacia pública federal à paralisação, pois o
Ministério do Planejamento não os recebe desde junho.
No seu entendimento, o ministério “está recebendo os
auditores fiscais, a Polícia Federal, mas a nossa carreira não está
sendo recebida. Com essa estratégia, eles praticamente nos empurram para
a greve”, disse.
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