Militantes do PT em Senador Pompeu questionam gastos do prefeito interino José Ibervan
Enquanto o prefeito eleito de Senador Pompeu, Antônio Teixeira (PT),
continua preso, acusado de fraude em licitações, o prefeito interino do
Município, José Ibervan Fernandes Ramos (PSDB), também vem sendo alvo de
denúncias. O presidente interino da Câmara Municipal de Senador Pompeu,
Chico Pinheiro (PT), aponta que o atual chefe do Executivo tem
efetivado contratos sem licitação desde o fim de junho, quando assumiu a
gestão.
Além disso, Pinheiro denuncia disparidades nos
valores de contratos firmados no segundo semestre de 2011, se comparados
com os custos do primeiro semestre. A denúncia é ratificada pelo
vereador Antônio Mendes (PT), irmão do vice-prefeito Luiz Mendes, que
também está afastado.
“O que nos deixou de cabelo em pé foi a
questão das diferenças do que o prefeito afastado gastava e do que esse
prefeito está gastando durante esses seis meses”, disse o vereador
Antônio Mendes. Só de assessoria jurídica, o prefeito afastado teria
gastado em seis meses, de janeiro até junho, R$ 27,8 mil, enquanto o
prefeito interino, de julho a dezembro, teria gastado R$ 191 mil.
Em
limpeza pública, o prefeito afastado teria gastado R$ 72,6 mil por mês
e o interino, R$ 138 mil mensais. “Outro caso é a questão do
combustível. O prefeito afastado gastou de janeiro a junho R$ 99 mil e
(o abastecimento) era (por meio de) cartão, com chip e controle de
transparência. O interino gastou R$ 270 mil de julho a dezembro”,
criticou Antônio Mendes.
Eles denunciam também que a folha de
pagamento aumentou 30%, desrespeitando a lei de responsabilidade fiscal.
Outro contrato que gerou estranheza, conforme Antônio Mendes, foi a
compra de material de construção no valor R$ 1,5 milhão em uma empresa
cujo proprietário é filho de aliados políticos. O presidente da Câmara
afirma que o gasto não foi do valor total, por causa das denúncias. As
denúncias já foram protocoladas no Ministério Público Estadual, através
da Procuradoria dos Crimes contra a Administração Pública (Procap), no
Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e no Ministério Público local.
“Já notificamos (o prefeito interino) para que ele pudesse explicar. A
gente espera que (as denúncias) sejam apuradas com agilidade”, disse
Pinheiro.
O POVO
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