domingo, 19 de fevereiro de 2012

Governadores usam greves para vetar PEC 300

Brasília. Na sequência da repercussão negativa das greves policiais por maiores salários no País, governadores aproveitaram para mobilizar as bancadas no Congresso para enterrar a votação da PEC 300 - proposta de emenda constitucional que estabelece a obrigatoriedade de um piso nacional para bombeiros e policiais militares.

Desde novembro do ano passado, movimentos de paralisação de policiais militares atingiram Maranhão, Ceará, Bahia e Rio de Janeiro. Na Bahia, Estado que mais sofreu, foram cometidos mais de 150 homicídios nos 12 dias de greve. A greve, realizada às vésperas do Carnaval, também afetou o turismo no Estado.

Dois governadores confirmaram, sob condição de não serem identificados, que têm mantido conversas com as bancadas de seus Estados e também com ministros do Planalto para não só evitar que a proposta entre na pauta da Câmara, mas desmantelar um futuro acordo sobre o tema. Segundo eles, diversos governadores têm mantido conversas semelhantes.

Uma das propostas para o piso nacional que seria criado pela PEC 300 é tomar como base o salário pago aos PMs do Distrito Federal, o mais alto do País e que é pago pela União.

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