A atendente Jéssica Medeiros do Nascimento Souza, 20, mora em
Abaiara, a 550 quilômetros de Fortaleza, e diz ter muitas dificuldades
para ter acesso a serviços básicos, como fazer seus pagamentos. A
cidade, com pouco mais de 10 mil habitantes, não possui nenhuma agência
bancária. O fato se repete em mais 74 dos 184 municípios do Ceará.
"Temos um posto de atendimento da Caixa Econômica, mas o sistema vive
fora do ar. Preciso ir para Milagres para poder honrar com meus
pagamentos", reclama.
Ela não é a única. O comerciário Cícero Gilberto Sampaio, 30, também
precisa se deslocar para outro município quando o dinheiro do posto de
atendimento acaba. "De vez em quando isso acontece. Outro problema é
quando o valor do boleto de pagamento é muito alto, pois o posto não
recebe", explica.
A maioria das cidades que não têm agência bancária é de população
pequena. A situação faz com que as casas lotérias instaladas nestes
municípios acabem se tornando praticamente um banco, acumulando a maior
parte dos serviços do setor na cidade. Outro problema é a dificuldade
para abrir contas correntes ou poupanças.
Deslocar-se para uma cidade vizinha a fim de fazer um depósito ou
pagamento, por exemplo, também dá ao usuário o risco de um assalto.
O Diário do Nordeste Online tentou entrar em contato com o Bradesco, o
Banco do Brasil e a Caixa Econômica, a fim de saber a respeito do plano
de expansão das instituições para o Ceará, mas não houve resposta até o
fechamento desta matéria.
DN Online
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