quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Acusado aponta juiz como suspeito por duplo assassinato em Juazeiro

O advogado Irlando Linhares, acusado pelo assassinato do vereador Amarílio Pequeno da Silva e do ex-policial civil José Alves Bezerra, em Juazeiro do Norte, Região do Cariri, no dia 20 de setembro, acusou um juiz como principal suspeito pelo crime, em depoimento prestado na última segunda-feira (31), na Delegacia de Capturas, em Fortaleza.

Irlando disse que Amarílio teria negócios e dívidas com o juiz da Comarca de Barbalha, Demétrius de Sousa Pereira, e eles tiveram uma discussão, na qual o magistrado expulsou o vereador de sua casa.
Em sua defesa, o advogado alegou que foi vítima de “boatos e notícias plantadas” que levaram a Polícia a cometer erros nas investigações.

Advogado denunciou irregularidades

No depoimento, Irlando Linhares disse que nunca manteve sociedade com Amarílio Pequeno da Silva ou José Alves Bezerra.

De acordo com o advogado uma série de transações milionárias de compra e venda de imóveis, como prédios e terrenos, além de dívidas e negociações de um empréstimo de R$ 11 milhões ao Banco do Nordeste teriam motivado uma rede de intrigas que culminou com o planejamento do crime.

Foram citados no depoimento, políticos do Cariri, empresas ligadas aos setores da construção civil e máquinas pesada, uma corretora de imóveis e a esposa do juiz Demétrius de Sousa Pereira, conhecida como Dulce,  como responsáveis por um esquema de irregularidades e troca de benefícios.

O advogado também acusou o magistrado de proferir decisões judiciais a favor das vítimas, além de alguns parlamentares de Juazeiro do Norte.

Demora na acusação

Irlando Linhares, que está preso há quase um mês, afirmou que não citou o juiz no primeiro depoimento devido à relação de amizade com ele e por ainda não confirmar a participação do magistrado no assassinato.

Ele disse que chegou a se comunicar por e-mail com Demétrius, quando viajava após a ocorrência dos crimes. Nas correspondências, o juiz usaria o pseudônimo de Antonio Feijó. Essas mensagens eletrônicas foram impressas e apresentadas durante o depoimento.

Jangadeiro Online

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