Oito faculdades cearenses estão entre as instituições de ensino do Brasil com os piores desempenhos de Índice Geral de Cursos (IGC), parâmetro criado pelo Governo Federal para medir a qualidade dos serviços prestados por entidades públicas e privadas. A lista foi divulgada no começo da noite de ontem pelo Ministério da Educação (MEC).
Dos 2.176 universidades, faculdades e centros universitários avaliados em todo o País, 683 foram citados com notas 1 ou 2 de IGC. O mínimo aceitável é 3. A nota máxima é 5 - alcançada por apenas 158 estabelecimentos.
O Sudeste lidera o ranking de piores médias. Tem 263 indicações (38.50% do total). Só São Paulo é responsável por 104 nomes. O Nordeste vem em seguida, com 157 (22.98%). Centro Oeste tem 117 (17.13%); Sul contabiliza 80 (11.71%) e Norte soma 66 (9.6%).
No Nordeste, o Ceará ocupa a sexta posição, com o mesmo número de instituições que o Rio Grande do Norte. A Bahia detém o primeiro lugar, com 47. Pernambuco está em segundo, com 39.
A “reprovação” das entidades implica no início de um ciclo de supervisões do MEC. O Ministério vai cobrar a adequação aos requisitos de perfil do corpo docente, infraestrutura e do projeto pedagógico exigidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Com isso, a Faculdade Católica de Fortaleza, a Faculdade de Ciências Humanas de Fortaleza, a Faculdade de Ciências Tecnológicas de Fortaleza, a Faculdade de Tecnologia Darcy Ribeiro, a Faculdade Evolutivo, a Faculdade Latino Americana de Educação, a Faculdade Paraíso do Ceará e o Instituto de Ensino Superior de Fortaleza não poderão abrir novas vagas a partir de janeiro de 2012.
No Brasil, 50 mil vagas serão suspensas. O MEC considera o Conceito Preliminar de Curso (CPC) para chegar a este número. O índice avalia somente os cursos de graduação. “Algumas instituições estão perdendo a autonomia e não podem mais abrir cursos sem autorização prévia do MEC. Queremos que o sistema continue em expansão, mas com freio nos cursos ou instituições com problemas de qualidade”, afirmou o ministro da Educação, Fernando Haddad.
No caso do Ceará, todas as entidades com desempenho insatisfatório no IGC são particulares. Sete têm sede na Capital e apenas uma (a Faculdade Paraíso do Ceará) funciona no Interior - na Região do Cariri.
O POVO
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