sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Oito faculdades do Ceará tiram nota 2 em avaliação do MEC

Oito faculdades cearenses estão entre as instituições de ensino do Brasil com os piores desempenhos de Índice Geral de Cursos (IGC), parâmetro criado pelo Governo Federal para medir a qualidade dos serviços prestados por entidades públicas e privadas. A lista foi divulgada no começo da noite de ontem pelo Ministério da Educação (MEC).

Dos 2.176 universidades, faculdades e centros universitários avaliados em todo o País, 683 foram citados com notas 1 ou 2 de IGC. O mínimo aceitável é 3. A nota máxima é 5 - alcançada por apenas 158 estabelecimentos.
 

O Sudeste lidera o ranking de piores médias. Tem 263 indicações (38.50% do total). Só São Paulo é responsável por 104 nomes. O Nordeste vem em seguida, com 157 (22.98%). Centro Oeste tem 117 (17.13%); Sul contabiliza 80 (11.71%) e Norte soma 66 (9.6%). 

No Nordeste, o Ceará ocupa a sexta posição, com o mesmo número de instituições que o Rio Grande do Norte. A Bahia detém o primeiro lugar, com 47. Pernambuco está em segundo, com 39. 

A “reprovação” das entidades implica no início de um ciclo de supervisões do MEC. O Ministério vai cobrar a adequação aos requisitos de perfil do corpo docente, infraestrutura e do projeto pedagógico exigidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). 

Com isso, a Faculdade Católica de Fortaleza, a Faculdade de Ciências Humanas de Fortaleza, a Faculdade de Ciências Tecnológicas de Fortaleza, a Faculdade de Tecnologia Darcy Ribeiro, a Faculdade Evolutivo, a Faculdade Latino Americana de Educação, a Faculdade Paraíso do Ceará e o Instituto de Ensino Superior de Fortaleza não poderão abrir novas vagas a partir de janeiro de 2012. 

No Brasil, 50 mil vagas serão suspensas. O MEC considera o Conceito Preliminar de Curso (CPC) para chegar a este número. O índice avalia somente os cursos de graduação. “Algumas instituições estão perdendo a autonomia e não podem mais abrir cursos sem autorização prévia do MEC. Queremos que o sistema continue em expansão, mas com freio nos cursos ou instituições com problemas de qualidade”, afirmou o ministro da Educação, Fernando Haddad. 

No caso do Ceará, todas as entidades com desempenho insatisfatório no IGC são particulares. Sete têm sede na Capital e apenas uma (a Faculdade Paraíso do Ceará) funciona no Interior - na Região do Cariri.

O POVO

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