O relatório divulgado nesta sexta-feira no site do BEA, órgão francês que investiga o acidente com o voo 447 da Air France, aponta uma sequência de erros do piloto. O voo fazia o trajeto Rio-Paris e caiu no Atlântico em 2009, matando 228 pessoas. Leia a íntegra do relatório aqui.
Dados da investigação já divulgados mostraram que a aeronave caiu também porque os três tubos pitot (sensores de velocidade) congelaram e pararam de operar. A velocidade é um dado essencial para recuperar a estabilidade da aeronave.
O relatório foi dividido em três fases: do início da gravação do CVR (Cockpit Voice Recorder) –que grava a conversa da cabine– até a desconexão do piloto automático; do piloto automático desativado até o disparo do alarme de estol (que indica a perda de sustentação aerodinâmica); e do alarme de estol até o fim do voo.
Na primeira fase, diz o órgão francês, o comandante de bordo Marc Dubois deixou a cabine “sem recomendações operacionais claras” e não havia repartição explícita das tarefas entre os dois copilotos, David Robert e Pierre-Cedric Bonin.
A gravação de voz mostra que os tripulantes identificaram ecos no radar meteorológico e previam que passariam por uma zona de turbulência, fazendo um desvio de 12 graus da rota. No relatório, o BEA não detalha quais atitudes foram tomadas por quais pilotos. “Em dois minutos devemos atacar uma área onde deve haver um pouco mais de turbulência que agora e devemos tomar cuidado”, disse o primeiro piloto.
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