terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Presidente da Fecomércio diz que Sefaz quer instituir "pena de morte" contra empresas

Estão querendo instituir a pena de morte para as empresas, coisa que no Brasil não existe nem para criminosos", assim reagiu, nesta terça-feira, 4, o presidente da Federação do Comércio do Ceará (Fecomércio), Luiz Gastão, ao comentar a declaração do secretário da Fazenda, Mauro Filho, de vai fechar empresas que não emitirem a nota fiscal. Isso, após dois autos de infração. Mauro Filho alega que essa prática pode estar escondendo uma grande sonegação de ICMS, o que precisa ser combatida.

Luiz Gastão disse ser a favor da luta contra a sonegação, mas lembrou que o Governo do Estado, via Sefaz, também precisa fazer sua parte e fiscalizar quem está abertamente comercializando sem cumprir as regras do mercado, no caso a informalidade.

"Se o Estado resolver o problema da rua José Avelino – camelódromo que atrai compradores de vários pontos do País e que fincou barracas no entorno do Dragão do Mar, e do comércio ilegal em vários pontos da cidade, parabéns. Mas o problema é que não prende nem mercadoria e quer ameaçar o empresário formal, que paga impostos. Isso é um absurdo", desabafou Gastão.

Para ele, é preciso que a Sefaz cumpra seu dever de casa e evite a venda, segundo disse, de pelo menos 300 mil mercadorias sem nota nesses camelódromos oficializados. “No dia que acabar com a ilegalidade do comércio em Fortaleza, podemos até discutir essa pena de morte, mas enquanto não acabar com a venda sem nota, que está em todo canto dessa cidade, nada de discussão”, reafirmou.

Gastão também disse que o Governo do Estado não tem "condição nem moral" para ameaçar enquanto não fizer seu dever de casa primeiro, que é o de fiscalizar esses camelódromos. O presidente da Fecomércio conversou com o Blog do Eliomar por telefone, antes de seguir de férias para os EUA com a família.

O POVO Online

Nenhum comentário: