terça-feira, 9 de novembro de 2010

PSDB quer Tasso comandando legenda, mas ele deve recusar convite

Depois de anunciar que, a partir de 2011, quer sair da cena política e ir em busca de “sombra e água fresca”, o senador Tasso Jereissati (PSDB) confirma as promessas feitas após sua derrota nas urnas e dá sinais de que não aceitará um possível convite para assumir a presidência nacional de seu partido.

Tasso é apontado como favorito do ex-governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), cujo grupo político ganhou força dentro da sigla após as eleições. Apesar disso, o cearense parece firme na intenção de se recolher aos bastidores após deixar sua cadeira no Congresso. A interlocutores, ele chegou a afirmar que “não tem interesse” em presidir a legenda.

Foi o que relatou um dos deputados estaduais mais próximos de Tasso, o tucano Luiz Pontes, que garantiu ter conversado sobre o assunto com o senador, na última semana. “Ele disse que vai ficar ajudando o partido, mas não tem interesse na presidência”, disse Pontes. Questionado se Tasso já havia sido sondado pelo PSDB nacional, o parlamentar alegou apenas que “há muita especulação”.

A informação de que o líder-mor dos tucanos cearenses é o nome preferido de Aécio para o comando do PSDB foi divulgada, no último domingo, em artigo do jornalista Fernando Barros e Silva, publicado no jornal Folha de S. Paulo. Ao O POVO, uma fonte próxima do atual presidente nacional, Sérgio Guerra, afirmou que a hipótese “não faz sentido”.

Apaziguador?

A fonte, que pediu para não ter a identidade divulgada, disse que “Tasso está em outra” e que “caso haja troca na cúpula do PSDB, será escolhido quem transite bem entre tucanos de São Paulo e de Minas Gerais” – perfil, em princípio, não compatível com o do cearense.

Desde a pré-campanha eleitoral, o PSDB vive disputa interna entre tucanos paulistas – liderados por José Serra – e mineiros, que têm em Aécio seu maior representante. Tasso tem bom relacionamento com o grupo de Minas, mas está longe de ter bom trânsito entre serristas.

O mandato de Guerra termina em maio e logo em junho o PSDB realiza convenção nacional. Serra, que antes descartava, já concorrer à presidência. O POVO tentou conversar com o senador Tasso, mas não houve retorno de sua assessoria de imprensa até o fechamento desta edição.”

O POVO

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