Objeto do desejo do PT e do PSDB neste segundo turno da eleição presidencial, o Partido Verde defende desde 2005, em seu programa partidário, a “legalização da interrupção voluntária da gravidez” e o uso da maconha para “fins pessoais”. Os temas contrastam com as propostas dos presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), que têm levado ao palanque discursos “em favor da vida”, como parte de um esforço para conquistar parte dos quase 20% dos votos válidos recebidos pela senadora Marina Silva (PV), nas eleições de 3 de outubro.
Evangélica, Marina destacou-se na eleição presidencial deste ano dizendo-se contrária à descriminalização do aborto e ao uso da maconha. Os temas, segundo ela, deveriam ser discutidos por meio de plebiscito. O PV, no entanto, tem em seu programa – consolidado após a Convenção Nacional do partido, em 2005 – referências claras à defesa da mudança da lei que rege essas questões. No capítulo “Reprodução humana e cidadania feminina”, o partido defende que seja legalizada a interrupção voluntária da gravidez “com um esforço permanente para redução cada vez maior da sua prática através de uma campanha educativa de mulheres e homens para evitar a gravidez indesejada”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário