segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Policiais envolvidos em grupos de extermínio ficam impunes no Ceará, diz relatório

Vários esquemas de extermínio envolvendo policiais militares e policiais civis funcionam há cerca de dez anos no Ceará. As vítimas são supostos ladrões que agem no comércio e testemunhas que denunciam crimes. 

Segundo o relatório apresentado esta semana ao Conselho de Defesa dos Direitos Humanos (CDDPH), ligado a Secretaria Especial de Direitos Humanos, por uma comissão designada pelo próprio conselho, "verifica-se, como de praxe, nas atividades criminosas típicas de extermínio de pessoas, a participação maciça de policiais". 

Entre os casos analisados pelo relatório, o mais notório é o de uma rede de farmácias que contratou quatro policiais militares e sete civis "para agredir e eliminar adultos e adolescentes acusados de roubar as lojas da rede". O documento analisa episódios de tortura e homicídio, inquéritos e processos judiciais de cinco mortes e mais 19 vítimas de lesão corporal.

Nenhum comentário: