quinta-feira, 22 de julho de 2010

Tasso critica Lula e fala de “ditadura populista”


Um comitê do PSDB foi inaugurado na noite de ontem em Fortaleza. Na frente, grandes fotos do senador e candidato à reeleição Tasso Jereissati (PSDB) e de seu candidato a governador, Marcos Cals (PSDB). Nenhuma imagem, no entanto, do candidato tucano a presidente, José Serra (PSDB). Em contrapartida, Tasso se mostrou disposto a bater de frente com o presidente Luiz Inácio Lula sa Silva (PT) e sua candidata ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff (PT).

No final do discurso, o senador fez questão de explicar a ausência de Serra nos cartazes e garantiu a colocação de fotografias ao lado das suas e de Cals, para mostrar “claramente” de que se trata de uma candidatura de “renovação e de juventude”. “Isso foi feito correndo porque nós começamos uma eleição atrasada. O retrato do Serra vai ficar naquele painel da lateral ali”.

Tasso disse que “apesar da fama de não se dar bem com Serra”, ele se entende “muito bem, politicamente”, com o paulista. O senador lembrou de algumas obras – Porto do Pecém e Aeroporto Internacional Pinto Martins – conseguidas com Serra, quando este era ministro do Planejamento no governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).

O tucano reafirmou que não conhece “uma obra concluída” pelo Governo Lula no Ceará e ironizou as propagandas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal. “Eu queria andar em cima de um PAC, ficar em baixo do teto de um PAC. Vão falar em refinaria e siderúrgica. Passem lá”.

Tasso criticou o que chamou de “ditadura populista” imposta pelo Governo Lula, que, segundo ele, tem como finalidade “eliminar” os adversários, ao invés de enfrentá-los com argumentos. “O objetivo do presidente é eliminar três senadores: o Artur Virgílio (PSDB-AM), o José Agripino (DEM-RN) e eu aqui do Ceará, porque fizemos oposição ao Governo”.

Já Marcos Cals começou seu discurso pedindo voto para José Serra. E disse que uma das metas dele e de Serra é criar centros de recuperação para jovens viciados em drogas. O governo Cid Gomes (PSB) foi novamente criticado nos discursos. Cals questionou a “falta de planejamento” do Governo, enquanto Tasso citou o ritmo da gestão: “O Ceará não pode andar na marcha nrmal porque nós estamos atrasados”, disse.”

O POVO

Um comentário:

Robério Soares disse...

Olha só quem fala de democracia, quando governou o Ceará por três vezes fechou a cidade contra os movimentos sociais, não recebia ninguém em seu gabinete nem mesmo os deputados. É bom lembrar que os candidatos de Lula a senador é José Pimentel e Eunício Oliveira.