segunda-feira, 26 de julho de 2010

Adversários criticam número da campanha de Pimentel

O deputado federal José Pimentel (PT-CE), ex-ministro da Previdência Social, adotou como número de campanha para o Senado a sequência de primos 135. Ele diz que é uma homenagem à Lei 135, da Ficha Limpa, que impede a candidatura de políticos condenados na Justiça em decisão colegiada em processos ainda não concluídos. No entanto, seus adversários não entendem assim. Isso porque o 135 também é o número da Central Disque Previdência. E, segundo os adversários de Pimentel, ele teria divulgado a sequência de forma eleitoreira em entrevistas e material publicitário.

O ex-ministro de Lula insiste que a escolha se deu a partir da Lei da Ficha Limpa. "Nós estamos prestando uma homenagem à sociedade civil organizada, que batalhou para aprovar essa lei. O número dessa lei é 135. E é exatamente por isso o nosso compromisso com a questão republicana. Já são 16 anos de atuação como deputado federal, sempre trabalhando nessa agenda", afirmou.

Pimentel disse ainda não temer a impugnação de sua candidatura por conta do que definiu como "uma coincidência". "No Brasil, nós temos do 001 ao 200, vários telefones do serviço público. Qualquer partido que tiver de número dez a 100 vai coincidir. Portanto, não tem nada a ver com isso. A nossa é uma homenagem ao Ficha Fimpa".

A Central 135 foi criada em setembro de 2007, quando Luiz Marinho ainda era titular da pasta da Previdência Social. A Central passou a ser o único canal de teleatendimento da Previdência por suspeita de envolvimento de funcionários do extinto Prev Fone com fraudes com empréstimos consignados.

Pela Central 135, os segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) agendam a data e horário para a realização de perícias médicas, além de solicitar aposentadoria, auxílio-doença, pensão e outros serviços. Com a alteração do mecanismo de funcionamento do sistema, as pessoas também passaram a poder também tirar dúvidas e enviar denúncias.

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