quinta-feira, 17 de junho de 2010

Processo de desertificação pode se tornar irreversível


Desde tempos imemoriais criou-se a ideia de que o sertão nordestino é um ambiente inóspito e infértil. Da noção de combate às secas até a atual busca de convivência com o semiárido, uma outra percepção da caatinga aparece. Não como um deserto estéril, mas como um bioma de características únicas, com plantas não apenas adaptadas aos períodos de estiagem, como também elementos essenciais para a regulação do clima e a manutenção da umidade do solo e dos mananciais.

Aduba Sertão

Em Independência, um dos municípios onde há maior preocupação quanto ao avanço do processo de desertificação, o Projeto Aduba Sertão busca trabalhar o manejo consciente das áreas produtivas, o combate às queimadas e ao desmatamento, considerados os principais fatores de degradação do solo e da perda da biodiversidade. Os agricultores que aderem ao projeto também se comprometem a abandonar o uso de agrotóxicos e herbicidas nos plantios, aproveitando matérias-primas fornecidas pela própria natureza para potencializar a fertilidade do solo e, assim, recuperar as áreas antes degradadas.

Para celebrar o Dia mundial de Combate à Desertificação, será promovido em Independência o plantio de árvores nativas no espaço que irá abrigar o Largo da Matriz de Nossa Senhora Sant´Ana. Iniciativas similares também serão promovidas nos demais municípios que fazem parte do Pacto Ambiental da Região dos Inhamuns: Acopiara, Aiuaba, Arneiroz, Catarina, Monsenhor Tabosa, Novo Oriente, Parambu, Piquet Carneiro, Quiterianópolis e Tauá.

O objetivo do plantio, além de criar e consolidar espaços verdes nas áreas urbanas, é mostrar a importância da preservação ambiental, mais especificamente o papel da flora na regulação adequada do clima.

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