Apesar de já admitir que o PT vai mesmo lançar o deputado federal José Pimentel ao Senado, o governador Cid Gomes (PSB) não aceita que o partido ocupe duas vagas na chapa majoritária, como revela reportagem publicada no jornal O Povo de hoje. Os petistas desejam, além de uma das duas vagas de senador, manter também o posto de vice-governador, que já ocupa atualmente.
Cid bate de frente com a resolução do PT estadual que reivindica as duas posições na chapa majoritária e que foi reafirmada pela direção petista, em reunião na última segunda-feira. Naquele dia, Luizianne Lins, prefeita de Fortaleza e presidente estadual do partido, afirmou que quem estiver achando que o PT tem uma ou outra prioridade – Senado ou vice – “está falando da boca para fora”, já que, segundo ela, “o PT não vai abrir mão nem da vice, nem do Senado”. Em 2006, coube a ela indicar o atual vice de Cid, Francisco Pinheiro (PT). Hoje sem manter a mesma boa relação com ele, a prefeita trabalha para indicar Waldemir Catanho para a mesma posição.
Prioridade
Apesar de a presidente do PT demonstrar disposição para brigar pelas duas vagas, afirmando que o partido não vai abrir mão nem de uma coisa, nem de outra, o atual discurso entre outros petistas sinaliza para o Senado como prioridade – no cenário de o PT vir a ser obrigado a abrir mão de uma das duas vagas.
Não se percebe, nos discursos petistas, uma defesa tão veemente quando se referem à candidatura a vice. O líder do PT na Câmara Municipal, Ronivaldo Maia (PT), chegou a afirmar ontem que “nós vamos debater a questão da vaga de vice mas, para nós, irreversível é nossa candidatura para o Senado”. Para se ter uma ideia do quanto é forte o discurso petista em defensa da candidatura ao Senado, o líder de governo de Luizianne na Câmara, Acrísio Sena (PT), denominou como “inegociável” a candidatura de José Pimentel.
Segundo Acrísio, o discurso menos enfático em defesa da vaga de vice se deve às indefinições que ainda existem acerca do assunto.
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