terça-feira, 24 de novembro de 2009

PSDB apoia reeleição de Cid se houver apoio ao presidenciável tucano

A condição foi dada. O PSDB do Ceará só irá apoiar a reeleição do governador Cid Gomes (PSB) caso o mesmo se comprometa a fazer palanque para o candidato do PSDB à Presidência da República. Quem afirma é o presidente estadual do partido, Marco Penaforte.

Na avaliação do tucano, a prioridade do PSDB, atualmente, é eleger o sucessor do presidente Lula (PT), ficando as costuras estaduais para segundo plano. “Se nós tivermos, aqui no Estado, apoio à candidatura presidencial do PSDB, por parte do PSB e do atual governador, essa aliança aqui automaticamente está feita, da nossa parte“, salientou Penaforte.

Questionado se, diante dessas condições, uma aliança com o governador Cid Gomes já estaria praticamente descartada, já que o governador de São Paulo, José Serra (PSDB) – com quem Cid não mantém boas relações – reúne as maiores chances de ser candidato pelo PSDB, o presidente estadual da legenda lembrou: “Não temos ainda um candidato escolhido“.

A afirmação faz referência à pré-candidatura do governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), que disputa com Serra o direito de sair candidato à Presidência pelo PSDB. Aécio conta, inclusive, com o apoio do deputado federal Ciro Gomes (PSB), também pré-candidato à sucessão de Lula mas que já afirmou que abandona a disputa caso o governador de Minas Gerais seja candidato. Ciro é irmão do governador Cid Gomes.

“Temos dois nomes colocados até o momento, dois grandes nomes. Então não existe definição. Evidentemente que cada um desses nomes evoca espectros de alianças próprios às características de cada um“, atenta.

PT

Caso Cid apoie um candidato do PSDB à Presidência, ressalta Penaforte, o maior obstáculo para a inclusão da sigla tucana no arco de alianças para a reeleição do governador – o Partido dos Trabalhadores – estaria enfim superado. “Acho muito difícil o PT aliar-se ao governo nesse cenário“, avalia.

Com o PT apoiando Cid, o presidente do PSDB no Ceará avisa: o partido estará em campo oposto. “Nossas formas de compreender o que é governo e o que é ética na política são bastante diferentes, ou seja, é impossível o PSDB se coligar com o PT“, diz. ”

O POVO

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