
De acordo com Fernando Lins, professor de pós-graduação em Goeodinâmica e Geofísica da UFRN e integrante do Laboratório de Geologia e Geofísica do Petróleo, a previsão é de que os estudos estejam concluídos em maio de 2010.´Ainda não foi encontrado óleo nessas duas bacias, mas há a possibilidade. O objetivo das pesquisas, entretanto, não é achar o petróleo em si, mas concluir se as áreas têm condições mesmo de tê-lo´, explica.
O professor conta que a motivação para as avaliações nessas bacias foi o fato de se localizarem próximas à bacia Rio do Peixe, na Paraíba. Nesta, já foi identificada a existência de óleo, sendo, inclusive, incluída na 9ª Rodada de Licitações da ANP (Agência Nacional de Petróleo), na qual 12 blocos, de 19 oferecidos, foram arrematados, no valor de R$ 8,4 milhões. ´Nós estamos querendo saber qual é a correlação entre estas bacias. Pela profundidade semelhante que possuem, há a possibilidade de correlação, de que elas sejam a mesma bacia, ou se são interligadas´, aventa o professor.
Estima-se que as bacias meçam cerca de 2.500 metros de profundidade. ´Nas regiões onde são mais profundas, haveria a possibilidade de haver petróleo´, explica. Mesmo assim, também é possível que o óleo possa ser encontrado já em profundidades rasas, como aconteceu em Rio do Peixe. ´Estamos fazendo um estudo gravimétrico, onde analisamos a superfície sem precisar perfurar toda a extensão´, relata.
Lins informa que as análises já estão avançadas, e que os mapas geofísico e de profundidade já estão prontos. O estudo sísmico que está sendo realizado pela universidade faz parte de um mapeamento de todas as bacias sedimentares interiores do região nordestina, cujos resultados serão repassados à ANP. As pesquisas são consideradas delicadas pelo fato de serem realizadas em áreas ricas em sítios arqueológicos.
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