Vinte e três pessoas foram indiciadas por falsidade ideológica no inquérito que apura fraude no concurso público para delegado da Polícia Civil do Ceará. O relatório final foi apresentado na tarde desta quinta-feira pela titular da Delegacia do Turista, Adriana Arruda. Entre os indiciados, 22 deles são candidatos e um é fornecedor de certificado falso. Foram encontradas irreguaridades nos livros apresentados como obras autorais, que somavam pontos na prova de títulos. Após as provas objetiva, psicotécnica, oral e física, foi aberto o edital para a entrega de títulos do concurso, mas alguns candidatos apresentaram vários livros, supostamente de própria autoria, quando na realidade eram obras forjadas, o que configura crime de falsidade ideológica. Cada livro apresentado valia um ponto e meio e alguns candidatos chegaram a apresentar até quatro livros, numa produção literário-científico que causou estranheza à comissão julgadora do concurso. O laudo pericial nas supostas obras indicou que os candidatos plagiaram livros, que adquiriram novas capas, e apresentaram como de própria autoria. A delegada Adriana Arruda vai entregar o relatório final à Justiça até o próximo dia 16.
Os indiciados que responderão ao processo criminal por falsidade ideológica, entraram com um pedido de habeas corpus preventivo na 4º vara da Justiça, que será analisado pela juíza Cristina Maia Monteiro Barros. Eles pedem o travamento do inquérito, fato que pode atrasar ainda mais o andamento do concurso.
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