A ação foi conduzida pela Polícia Federal (PF) e autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em mais um desdobramento da Operação Sem Desconto, que investiga descontos indevidos em aposentadorias e pensões.
FRAUDES BILIONÁRIAS
Apontados como líderes de um esquema que envolvia associações e sindicatos, Antunes e Camisotti teriam comandado uma rede de retenção ilegal de recursos de beneficiários, causando prejuízos que chegam a bilhões de reais.
A prisão dos dois empresários acontece em paralelo ao avanço das investigações da CPMI do INSS, que já aprovou a quebra de sigilos fiscal, bancário e de internet de dezenas de investigados.
De acordo com a PF, os investigados são suspeitos dos crimes de embaraço às investigações, dilapidação e ocultação de patrimônio, além de possível obstrução de apurações conduzidas pelas autoridades. A operação desta sexta envolveu o cumprimento de dois mandados de prisão preventiva e 13 de busca e apreensão em São Paulo e no Distrito Federal.
CONLUIO DE ASSOCIAÇÕES
Para integrantes da CPMI, as prisões reforçam a gravidade do esquema e fortalecem a narrativa de que as entidades associativas e sindicais atuaram em conluio para lesar milhões de aposentados e pensionistas. Parlamentares afirmam que novas delações podem surgir a partir das prisões, revelando os caminhos do dinheiro desviado.
As diligências da PF e a pressão da CPMI mostram que o cerco contra os envolvidos no desvio de dinheiro vai se fechando. O caso, que já é considerado um dos maiores escândalos contra aposentados da história, deve render novos desdobramentos nos próximos dias.
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