sábado, 7 de janeiro de 2023

A hora é do gelo nos raios do sol


Saímos há pouco das eleições e, diga-se, uma das mais disputadas e tumultuadas na federação, onde até os dias atuais ainda tem uns menos avisados que estão em portas dos quartéis em pleno estado democrático de direito, mas defendendo ruptura institucional.

Seria cômico por demais, se não fosse verdade!

Nada em excesso vale a pena e, embora tenha quem defenda agitação todos os dias e em todas as horas, é bíblico que há tempo pra tudo debaixo do sol, até mesmo com a presença de pedras de gelo pra aliviar o calor.

O cidadão Vicente das Lavras, presidente quase que vitalício do Pau de Jacu - instituição não governamental fincada no centro comercial de Icó -, afirma que gosta tanto de eleição “que elas deveriam ocorrer todo ano".

Pois bem; existe algo além do frenesi eleitoral, das pelejas dos palanques, do vai e vem dos cabos eleitorais nas residências dos eleitores, exercendo o dito e feito e/ou em redundância com bom dia a todos, todas e todes com feito algum...

Porém, alguns prefeitos continuem construindo; outros no exercício desde 1997 não realizaram nada ainda; governos que entram, grande parte deles, tem o dever até mesmo da instalação de "pontes" para interligar o povo em congraçamento de unir às famílias e convercer as pessoas de suas propostas agora no caminho prático e certeiro.

Por hora, desarmam-se as barracas, guardam-se as panelas de caldo, escondem as garrafas de aguardentes, desligam-se os microfones, deixa a banda passar sem música e em silêncio, onde o correto é todo mundo buscar de volta o seu cotidiano normal, onde o trabalho, a serenidade e, principalmente, o juízo, retorne à sua cabeça tão confusa pela onda bolsonarista.

O momento é de jogar água na poeira, alargar os caminhos, buscar soluções. Não se concebe uma eleição dentro da outra, como desejam alguns.

Os matutinos impressos e on-lines, precocemente, anunciam pretensos candidatos à prefeitura de Fortaleza, mesmo não tendo no momento eleição alguma no ano em curso, o mesmo ocorre nos sertões do Ceará.

Em Icó, haja vista o sucesso da gestão Laís Nunes, já existem pelo menos uns 15 nomes pré-lançados, mesmo sem indicação alguma das lideranças ou com qualquer "aceite" popular. Não é hora nem de treino, quanto mais de campeonato.

Afora as eleições suplementares, onde no início do segundo tempo da peleja o povo já se enfeita todo pra ir votar, como é o caso supostamente de Iguatu, onde se faz no calendário a conta regressiva de que pelo amor de Deus, diz o eleitor, chegue logo antes que seja tarde demais.

Por outro giro, em Fortaleza de José de Alencar e de Iracema dos Lábios de Mel, a gestão Sarto Nogueira de quem muito se esperou, está cada dia pior. Não encontra o caminho que se pretende nem com a utilização do melhor GPS.

A pequena reforma, com 13 mudanças (coincidência ou destino) gerou repercussão inversa, negativa. Lotearam as vagas com vereadores sem qualquer experiência de gestão e com outros nomes desconhecidos da população, tais quais os invisíveis 70% que afirma o prefeito de nossa capital que já cumpriu em seu plano de governo.

Uma pena que o Sarto esqueceu uma simples regra: quando não sabe fazer uma coisa, pergunta-se a quem tem competência para tal. Mesmo tendo o melhor prefeito do Brasil como aliado, Roberto Cláudio, o ex-presidente da Assembleia resolveu tocar seu violão sem escutar qualquer pedido de música. Deu no que que deu. Deu no que não está dando nada certo...

Enquanto isso, vou parando por aqui antes que acusem o Guardião do Largo do Théberge de ter amanhecido louco demais, pois no momento já que sou afeito ao bom humor, tenho relevante autoestima e não desejo ser profeta do apocalipse, vez que o verbo acreditar ainda anima alma e espíritos.

Bora Bebel do Icó, dê início o seu Programa Calçada Federal, pois hoje é sábado e amanhã é domingo...!

(Por Fabrício Moreira da Costa, advogado e contista).

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