quinta-feira, 29 de julho de 2021

CPI da Covid avalia pedir prisão de dono da Precisa e avançar investigação sobre compra de vacinas


A CPI da Covid retoma os trabalhos no próximo dia 3 para avançar na investigação de um suposto esquema de corrupção na compra de vacinas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro. Em reunião na noite de quarta-feira, 28, a cúpula da CPI definiu um roteiro que abrange depoimentos, pedido de prisão e afastamento de servidores do Ministério da Saúde. 

O depoimento de Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, estava inicialmente previsto para ocorrer antes do recesso parlamentar e foi adiado, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que garantiu o direito de o empresário ficar em silêncio na CPI. A presença dele na semana que vem é incerta – o depoimento está marcado para quarta-feira, 4. A comissão recebeu a informação que ele viajou para a Índia e avalia pedir a prisão preventiva de Maximiano. 

“Evadir-se do país quando tem uma investigação em curso é crime e nós não titubearemos em pedir a prisão preventiva”, afirmou o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), em áudio enviado à imprensa na manhã desta quinta-feira, 29.

A Precisa Medicamento chegou a assinar um contrato com o Ministério da Saúde para a compra da vacina indiana Covaxin, um dos principais focos de investigação. Os senadores apontam indícios de superfaturamento e corrupção na negociação.

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