segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Chuvas do fim de semana trouxeram aporte para 54 açudes do Ceará

Se para uns é vista como um momento de contemplação da natureza, para outros mais parece uma constante preocupação. A consequência da falta de um planejamento adequado no que diz respeito ao escoamento subterrâneo das águas é refletida no estado caótico que Fortaleza enfrenta nos períodos chuvosos. O último fim de semana foi marcado por fortes chuvas em todas as regiões do Estado. A Capital registrou a maior precipitação do ano, com 120.3 milímetros. O temporal derrubou árvores, alagou túneis e ruas, além de transbordar rios e canais.

Se em Fortaleza houve caos, no interior cearense os sertanejos comemoram os bons índices pluviométricos que trouxeram aporte aos açudes e barragens.

Os maiores volumes foram verificados na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Em Pacatuba, choveu 121.3 mm. Na Capital, a instituição registrou 120.3 mm e, em Maracanaú, foram 119 mm. Pela primeira vez neste ano, choveu mais de 100 mm em oito cidades do Ceará.

Os sertanejos tiveram bons motivos para comemorar. A chuva trouxe aporte hídrico em diversas barragens e reservatórios. Conforme dados da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), nas últimas 24 horas, houve recarga em 54 açudes. O volume médio dos 155 reservatórios monitorados pela Companhia saltou de 10,64% para 10,90%. Atualmente, cinco estão sangrando (Cocó, Germinal, Maranguapinho, São José I e Tijuquinha) e outros três açudes apresentam capacidade acima dos 90% (Itauna, Jenipapo e São Vicente).

Segundo a Funceme, dois sistemas indutores causaram as grandes chuvas destes sábado e domingo. O primeiro, identificado como Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN), foi o principal responsável pelas precipitações no interior. E o segundo, Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), é um fenômeno próximo à costa Norte do Nordeste, que ajudou, inclusive, para acumulados em outros estados do Brasil.

Para hoje e amanhã, a previsão é que haja redução no volume de chuvas em comparação ao fim de semana.

Diário do Nordeste

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