quarta-feira, 31 de outubro de 2018

BC mantém taxa básica de juros em 6,5%

O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, na primeira reunião depois das eleições, nesta quarta-feira, 31, manter a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 6,5% ao ano. Foi a quinta manutenção consecutiva. A taxa está no seu menor patamar da história desde março deste ano. A decisão já era esperada pelos economistas. Ainda que a inflação tenha subido nos últimos meses – a previsão é de que feche o ano em 4,4%, próxima da meta de 4,5% –, a economia ainda está cambaleando.

Para 2019, porém, é esperado um aumento dos juros, motivado pela recuperação da economia. Na média, os analistas do mercado financeiro esperam que a Selic feche o próximo ano em 8%.

Quando a taxa básica de juros estava em dois dígitos, era possível ter alta rentabilidade nos investimentos de renda fixa facilmente. Agora, os investidores precisam se empenhar mais para encontrar bons retornos. A diversificação nunca foi tão importante, especialmente em um momento de expectativa de valorização das ações na Bolsa após a eleição de Jair Bolsonaro.

Com a Selic em 6,50% ao ano, investimentos de renda fixa como poupança, CDBs com taxas pós-fixadas, fundos DI e títulos do Tesouro Selic pagam menos, já que seu rendimento é atrelado à taxa Selic ou à taxa DI, muito próxima da taxa básica de juros.

A seguir, veja uma simulação de quanto 5 mil reais rendem na poupança, em um CDB, em um fundo DI ou no Tesouro Selic, em diferentes prazos. Os cálculos foram feitos por Michael Viriato, coordenador do Laboratório de Finanças do Insper.

Na simulação, a taxa básica de juros se mantém em 6,5% ao ano por todo o período do investimento. Os valores da simulação já descontam o Imposto de Renda, cobrado em todas as aplicações, exceto na poupança, que é isenta.

(Revista Exame)

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