sábado, 2 de dezembro de 2017

Em clima de comício, Camilo Santana e Eunício Oliveira consolidam aliança para 2018

Antes de realmente ser uma ação administrativa, o evento de ontem no Município de Limoeiro do Norte, no fundo, constituiu-se no primeiro comício, fora de época, da campanha de candidatos a cargos majoritários no Ceará. O Estado, realmente, precisa de mais equipamentos e melhor estrutura de Saúde para minimizar o sofrimento de sua população, notadamente a mais carente, mas, mesmo com a garantia da contratação de empréstimos para construções de hospitais, não tem o erário a garantia de recursos próprios para aumentar o custeio fixo da máquina.

O Hospital Regional do Vale do Jaguaribe, nos moldes do projetado, custará anualmente, na plenitude do seu funcionamento, não se sabe quando, ao menos R$ 150 milhões a preço de hoje, valores superiores à sua edificação, estimada em aproximadamente R$ 120 milhões.

Amaciamento

A ordem de serviço dada, ontem, para o Consórcio Marquise/Normatel iniciar a construção do Hospital Regional do Vale do Jaguaribe marca o início da série de eventos políticos envolvendo o governador Camilo Santana e o senador Eunício Oliveira (hoje estarão novamente juntos no Cariri), até recentemente adversários, posto estarem rompidos desde 2014, quando disputaram o mesmo cargo de governador do Ceará.

Estão fazendo a chamada "construção" da aliança política, o trabalho de amaciamento do eleitorado para aceitar a aliança, já acertada entre os dois, abençoada pelos primeiros apoiadores de Camilo, que reclamam a tal "construção", para evitarem maior volume de reações adversas quando tiverem a necessidade de a tornarem pública oficialmente.

Camilo nada precisa dizer quanto à inclusão de Eunício Oliveira em sua chapa majoritária. Se não bastassem as informações circulantes sobre os encontros de ambos em Brasília, com o prefeito Roberto Cláudio ao lado, os dois últimos eventos públicos oficiais com a participação de ambos calam petistas e pedetistas ainda sonhadores de um lugar de candidato ao Senado no esquema governista. O ex-governador Cid Gomes não só tem a outra vaga de candidato ao Senado, como já declarou ser o governador Camilo Santana o condutor das alianças para a sua disputa por um segundo mandato.

O périplo dos dois pelo Interior cearense, sob o argumento de estarem trabalhando juntos para melhorarem a condição de vida dos coestaduanos, reduz o espaço de atuação dos oposicionistas, incapazes, até o momento, de organizarem uma frente para melhores condições adquirirem no momento de enfrentar a chapa governista.

A oposição só contava com Eunício Oliveira, lamentavelmente. Agora está órfã, embora isso não signifique dizer que está incapacitada de reunir forças para reagir, aproveitando-se do desejo de expressivo segmento do eleitorado sempre disposto a votar contra os governantes de plantão. Com o governador em plena campanha, a oposição está deveras atrasada, chegando no início do ano da eleição sem acordo quanto aos seus nomes para enfrentar os governistas já em plena campanha.

DN Online

Nenhum comentário: