segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Temer usa declaração de Cunha para se defender de delação de Funaro em carta a parlamentares

O presidente da República, Michel Temer (PMDB), usou uma declaração do ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB), preso pela Operação Lava Jato, para se defender da delação premiada do operador financeiro Lúcio Funaro ao Ministério Público Federal. No texto, Temer ressalta que Funaro não o conhecia e diz ser alvo de uma conspiração.

Em carta escrita pelo próprio Temer a deputados e senadores e a ser distribuída em mãos, o presidente afirma que, em entrevista à revista Época, Cunha "disse que a sua delação não foi aceita porque o procurador-geral [Rodrigo Janot, que já deixou o cargo] exigia que ele incriminasse o presidente da República" e teve de mentir para cumprir com o que chama de determinações da PGR (Procuradoria-Geral da República). Para Temer, a negativa levou Janot a "buscar alguém disposto a incriminar o presidente".

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