quinta-feira, 13 de julho de 2017

Estudantes de Iguatu concorrem em competição nacional de projetos sociais

Com projetos que impactam cerca de três mil habitantes da região de Iguatu nas áreas de resíduos sólidos, irrigação e costura, alunos do Instituto Federal de Educação do Ceará (IFCE) Campus Iguatu concorrem em sete categorias do Campeonato Nacional Enactus. A organização sem fins lucrativos premia projetos acadêmicos que atuam para empoderar comunidades, desenvolver a qualidade de vida da população e promover o desenvolvimento sustentável.

Os 15 alunos dos cursos de Química, Serviço Social e Irrigação e Drenagem do instituto desenvolvem voluntariamente os projetos há dois anos e meio na formação de habitantes da região para promover autonomia e outras alternativas de renda. O projeto Cooperar atua na formação de 25 catadores de resíduos sólidos de Iguatu; o Projeto Linhas auxilia 25 mulheres da Associação de Artesãs do Alencar com cursos de costura; e o Projeto Muda apresenta e reproduz um sistema de irrigação mais eficiente e mais barato para pequenos agricultores.

Além de atender a comunidades rurais, a equipe realiza palestras sobre educação ambiental e convivência com o semiárido em escolas particulares e públicas da região, atingindo mais de duas mil crianças. Nos dias 20 e 21 deste mês, 12 alunos do grupo estarão no Rio de Janeiro, representando o time na premiação nacional.

Premiação

Kevin Brasil, estudante de Química e líder do grupo, explica que, para a viabilização dos projetos, os times da Enactus de todo o Brasil inscrevem as propostas em editais de empresas parceiras no evento. Atuando em 36 países, a organização avalia critérios sociais, econômicos e ambientais para a escolha dos vencedores. Kevin é o único do Ceará concorrendo a Líder Estudantil do Ano.

A equipe concorre aos prêmios alimentação em foco; ética e integridade no agronegócio; central do futuro; desafio comunitário e desafio campeão nacional da Enactus. Conselheira do projeto, a professora Maria Aliane Coelho concorre na categoria melhor conselheira do ano. Se conquistarem o primeiro lugar, a equipe irá representar o Brasil na etapa internacional, em Londres no mês de setembro.

Todas as premiações são revertidas em ajuda financeira para continuar fomentando ou dar início a novos projetos sociais na região. Para Kevin, a motivação para os trabalhos vem da possibilidade de repassar os conhecimentos adquiridos na universidade para a população. “Muitos pessoas não têm a oportunidade de estar aqui e são desacreditadas”, ressalta.

Ver pessoas em sala de aula se qualificando e virando donas do próprio negócio, para o estudante, é o incentivo para o desenvolvimento dos projetos e pode mudar a realidade das comunidades. “Nós mostramos para os alunos daqui do instituto que eles podem multiplicar os conhecimentos e criar oportunidades para que as pessoas possam mudar de vida”, comemora.

O POVO Online

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