sexta-feira, 26 de maio de 2017

Aliados testam hipótese de Tasso candidato, com Jobim na Justiça

Tasso
A mais nova configuração testada na cúpula dos aliados que apostam na cassação de Michel Temer prevê o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) como candidato indireto a presidente, o ex-ministro Nelson Jobim (PMDB) como titular da Justiça e a manutenção de Henrique Meirelles (PSD) à frente da equipe econômica em caso de vitória.

Para pacificar o PSDB, Tasso veio nesta quinta (25) a São Paulo para encontrar-se com o governador Geraldo Alckmin e o prefeito João Doria, ambos seus correligionários.

Eles se reuniram na casa do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, líder tucano que vem articulando as opções do pós-Temer.

A expectativa antes do encontro era de que Tasso se comprometeria a não ser candidato à reeleição no caso de virar presidente, acalmando o grupo de Alckmin, que quer disputar em 2018 mas também está no rol de investigados da Operação Lava-Jato -Doria também surge como eventual presidenciável.

Apesar da resistência de Temer, os aliados acreditam que sua saída deverá ocorrer com a cassação da chapa em que o peemedebista foi eleito vice de Dilma Rousseff (PT) em 2014, em 6 de junho.

O deslocamento de Jobim, até aqui nome mais cotado para a candidatura, à Justiça é manobra de alto risco: será vista como tentativa de controlar o apetite da PGR (Procuradoria-Geral da República) na condução de casos contra políticos com foro.

Jobim já foi consultor de três empreiteiras enroladas na Lava-Jato. Hoje, é sócio do BTG, banco investigado pelos procuradores, que também têm a compra de submarinos franceses patrocinada por ele em 2009 sob sua lupa.

Ele na Justiça pode causar ira na opinião pública e apoio à saída governista mesmo na oposição capitaneada pelo PT de Luiz Inácio Lula da Silva.

DN Online

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