Em uma de suas primeiras medidas ao assumir a Presidência, em maio, o presidente Michel Temer (PMDB) tentou esvaziar o Iphan (Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
O órgão está no centro de uma crise no governo desde a semana passada, quando o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero pediu demissão.
Ele acusou o titular da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, de pressioná-lo a passar por cima de um parecer do Iphan que impedia a construção do edifício La Vue, um prédio de 30 andares em Salvador, por estar próximo a bens tombados.
Geddel possui um dos apartamentos no edifício, que tem unidades ao custo de R$ 2,5 milhões e fica localizado na Ladeira da Barra, área nobre da cidade.
O esvaziamento do Iphan ocorreria com a criação da Secretaria Nacional de Patrimônio Histórico, incluída na medida provisória que ressuscitou o Ministério da Cultura –a pasta havia sido extinta.
Segundo a reportagem apurou, Geddel planejava emplacar na nova secretaria o ex-superintendente do órgão na Bahia Carlos Amorim.
Na gestão de Amorim, o Iphan da Bahia autorizou em 2014 a construção do La Vue, decisão depois desfeita pela direção nacional do órgão.
A nova secretaria passaria a ser a responsável pela concessão de licenciamento para obras, enquanto ao Iphan caberia mais a fiscalização.
Folha de S.Paulo
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