A Justiça do Rio de Janeiro determinou novamente a suspensão do WhatsApp, serviço de mensagens simultâneas, em todo o Brasil. A juíza de fiscalização da Vara de Execuções Penais do Estado, Daniela Barbosa Assunção de Souza, ordenou o bloqueio do aplicativo de mensagens, segundo o Jornal O Globo. O serviço foi retirado do ar às 14 horas segundo já havia antecipado oSindiTeleBrasil. Não há previsão de retorno. As empresas de telefonia foram notificadas por volta de 11h45 e tinham ordem de suspender o aplicativo imediatamente e isso ocorreu agora, pois precisava de alguns ajustes técnicos.
Esta é a terceira vez que o WhatsApp é interrompido no Brasil. Em todos os casos, a suspensão foi uma retaliação da Justiça pelo fato da empresa ter se recusado a quebrar o sigilo de dados trocados entre investigados criminais.
O primeiro bloqueio foi em dezembro do ano passado e ocorreu a pedido da 1ª Vara Criminal de São Bernardo do Campo, que determinou a suspensão do serviço por 48 horas. A decisão foi derrubada 12 horas depois, quando o próprio WhatsApp impetrou um mandado de segurança pedindo o restabelecimento do serviço.
A segunda paralisação do serviço ocorreu em maio, por determinação da Justiça de Lagarto, no Sergipe. Na época, o bate-papo foi bloqueado por 72 horas.
Em contato com a assessoria de imprensa do Facebook no Brasil, a mesma informou que a operação funciona em separado a do WhatsApp e não tem nada para comentar do assunto. A assessoria do WhatsApp foi procurada e informou que vai se posicionar ainda hoje.
Resposta
Por e-mail, o WhatsApp se defendeu da ação. Segundo a empresa, "passos indiscriminados como estes ameaçam a capacidade das pessoas para se comunicar, para administrar seus negócios e viver suas vidas", afirmou a companhia na mensagem.
Veja a íntegra da resposta:
"Nos últimos meses, pessoas de todo o Brasil rejeitaram bloqueios judiciais de serviços como o WhatsApp. Passos indiscriminados como estes ameaçam a capacidade das pessoas para se comunicar, para administrar seus negócios e viver suas vidas. Como já dissemos no passado, não podemos compartilhar informações às quais não temos acesso. Esperamos ver este bloqueio suspenso assim que possível”.
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