segunda-feira, 30 de maio de 2016

Membros da Transparência no Ceará entregam os cargos contra mudanças

O chefe da Controladoria Regional da União no Estado do Ceará, Roberto Vieira Medeiros, e todos os 80 servidores do órgão, entre técnicos e analistas, pediram exoneração dos cargos nesta segunda-feira (30). A saída foi em protesto à mudança de status e de subordinação da CGU, que deixou de fazer parte da estrutura da Presidência da República para integrar o organograma do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle.

A CGU foi extinta pelo presidente em exercício, Michel Temer, e teve suas atribuições absorvidas pelo recém-criado Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle, chefiado por Fabiano Silveira. Os funcionários também pedem o afastamento imediato do ministro. "Ele não nos representa", desabafa a analista de finanças e Controle da CGU no Ceará, Michele Lima.

Cerca de 16 caravanas de todo o Brasil estão se dirigindo à Brasília para se unir aos servidores da sede e protestar conta a extinção da CGU. "São 15 anos de história que não podem se perdidos por qualquer mudanças de governo", diz Edilberto Barreto, presidente no Ceará do Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacon Sindical).

"Por ser um órgão de controle e fiscalização, nós não temos perfil de ministério e não podemos estar subordinados a um. Nós precisamos estar subordinados à Presidência da República, pois temos ação de fiscalização e avaliação de programas de governo, fiscalização de destinação e aplicação de recursos públicos e até apuração de denúncias. É um órgão que tem atuação reconhecida pela Transparência Internacional e que precisa ter autonomia", diz Edilberto Barreto.

G1/CE

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